dos recursos hídricos, em petróleo e em carvões, com vista a um adequado planeamento da electrificação da província;

b) Conveniente aproveitamento dos sistemas de produção, transporte e distribuição já existentes e instalação de novos, quando necessário. - Tal é imposto pela evolução dos consumos, por um lado, e pela indispensabilidade de levar a energia a zonas dela ainda carecidas. Investimentos A cargo da Administração Central No sentido de possibilitar um adequado aproveitamento dos recursos existentes, forçoso é que a Administração promova a realização de estudos (hidrométricos e outros), com vista à recolha de elementos e sua conveniente utilização.

Esta a razão da inscrição, em local próprio, das verbas correspondentes.

Aproveitamento do Tchicapa No sentido de se garantir o abastecimento de energia eléctrica a Henrique de Carvalho, ultimamente objecto de iniciativas de maior importância, tem-se por necessário proceder ao aproveitamento do Tchicapa, instalando dois grupos de 500 kW, que, em média e nos primeiros seis anos, haverão de fornecer 1,2 GWh.

Em tal empreendimento prevê-se gastar a soma de 8000 contos, verba cuja inscrição no III Plano de Fomento se propõe.

Aproveitamento do Cunje Trata-se de um iniciativa já em curso que visa promover o fornecimento de energia eléctrica a General Machado, Nova Sintra, Silva Porto e Vouga.

A verba de 17 000 contos pretendida destina-se à instalação de mais um grupo de 650 kW na central de General Machado e à execução de trabalhos de regularização do rio Cunje.

Aproveitamento do Cunene Quanto respeita a este aproveitamento deve ser considerado à luz dos acordos já estabelecidos e a estabelecer com a República da África do Sul.

No momento, dada a actual situação da central da Matala e a necessidade de assegurar o fornecimento de energia a Sá da Bandeira e a Moçâmedes, dois empreendimentos se devem ter já como absolutamente necessários: a ampliação da central da Matala, com mais um grupo de 14,2 MW, e a construção da barragem do Gove.

Central térmica de Moçâmedes Enquanto não se concretizar o aproveitamento do Cunene, acima referido, o abastecimento regular de energia a Moçâmedes e ao seu porto mineiro haverá de ser garantido por apoio térmico à central da Matala.

Tal leva a prever a instalação de dois grupos Diesel eléctricos, cujo custo se avalia, em 19 500 contos.

E, no entanto, de referir que, ao abrigo do Projecto Mineiro de Cassinga, está prevista a instalação de uma central termoeléctrica, que, numa l.ª fase, será equipada com dois grupos de 1800 kVA.

A oportuna coordenação das duas iniciativas conduzirá, certamente, a uma conveniente limitação de encargos. Transporte e distribuição A construção desta linha, dependendo de acordo com a República da África do Sul, é por agora muito duvidosa.

Assim, a sua inscrição no III Plano de Fomento parece que só «por memória» deverá ser feita.

Segundo termo da linha Sá da Bandeira-Moçâmedes e terceiro transformador em Moçâmedes

Este empreendimento complementa as obras recomendadas para aproveitamento do Cunene, isso bastando para o justificar.

Linha Tchicapa-Henrique de Carvalho e esquema regional de grande distribuição no Cuanza Sul

Complemento indispensável do aproveitamento do Tchicapa, que em tal facto encontra, justificação bastante.

Apetrechamento de um serviço de assistência técnica Aceitável pelo melhor aproveitamento que trará a pequenas instalações espalhadas pela província.

Saneamento financeiro da Sonefe A. verba prevista corresponde à adopção de medidas já superiormente definidas. «Por memória», será prudente prever também verba adequada para o saneamento financeiro da Hidroeléctrica do Alto Catumbela, que se encontra, neste momento, em estudo. A cargo das autarquias locais Cabe às autarquias locais papel relevante na electrificação das povoações- em relação às quais não é economicamente viável fornecer energia a partir dos sistemas de produção e distribuição já existentes. Para bem o desempenharem, contam elas com o apoio do Fundo de Melhoramentos Locais - recentemente reorganizado e valorizado-, prevendo-se a instalação e ampliação de diversas centrais térmicas (Santo António do Zaire, Cabinda, Negage, Ambrizete, Nóqui e S. Salvador); a construção de pequenos aproveitamentos hidroeléctricos (visando o fornecimento de energia a Artur de Paiva, Duque de Bragança, Camabatela, Andulo, etc.); e a electrificação de cerca de centena e meia de povoações, por meio de adequadas centrais Diesel. Este programa será naturalmente acrescido com instalação e remodelação de pequenas linhas de transporte e de distribuição ligando Andulo à Missão Católica, Cubango a Artur de Paiva, Dala ao Luso, e servindo Negage, Malanje, Silva Porto, Luanda, Nova Lisboa, Henrique de Carvalho, etc. Investimento privado

Ampliação de Cambambe No III Plano de Fomento forçoso é encarar, ampliação de Cambambe, por forma a corresponder não só ao previsto aumento de consumo da região de Luanda, mas também às necessidades resultantes da instalação que se prevê da indústria do alumínio, necessidades que se avaliam em 436 GWh e que se admite venham a verificar-se a partir de 1970.

Nestas condições, os investimentos a ter em conta atingirão 482 000 contos, conforme o quadro seguinte.