Actualmente este porto possui os seguintes cais:

480 m à profundidade de 10,5 m;

130 m à profundidade de 6,10 m;

265 m à profundidade de 3 m.

As obras acima descritas destinam-se à movimentação de carga geral de longo curso e cabotagem. Para a exportação dos minérios provenientes de Cassinga, está em execução uma obra acostável especial em fundos de 16 m, capaz de receber os grandes mineraleiros necessários ao transporte de uma tonelagem que se prevê de 5 milhões de toneladas/ano numa 1.º fase.

Carga geral movimentada no porto de Moçâmedes

Milhares de toneladas Nos últimos anos (com excepção de 1965), o movimento da carga geral aumentou de forma apreciável. Há que ter em linha de conta, porém, que o tráfego actualmente feito pelas instalações de carga geral virá a conhecer um substancial decréscimo, devido à instalação do novo cais de minério, decréscimo que não deverá muito provavelmente vir a ser compensado pelo crescimento do volume de exportação do milho.

Nos últimos anos a exportação de minérios atingiu os seguintes números:

Milhares de toneladas

Por outro lado, as exportações de produtos de pesca por Moçâmedes serão reduzidas ao fabrico local logo que Porto Alexandre venha a ser dotado de ponte-cais.

Carga movimentada em cabotagem no porto de Moçâmedes:

Milhares de toneladas O movimento de cabotagem pelo porto de Moçâmedes não oferece para já quaisquer problemas, não só porque ele poderá ter tendência a diminuir - como acontece relativamente aos outros portos da província -, mas também porque, ainda que o contrário sucedesse, Moçâmedes dispõe de cais largamente suficientes e, quando muito, seria então necessário adquirir algum equipamento.

Porto de Cabinda. Os transportes marítimos e aéreos assumem particular importância no que respeita a Cabinda, dada a separação geográfica existente entre o distrito e o resto da província. Esta circunstância confere especial relevo aos problemas portuários daquele território. Nele se encontram as baías de Lândana, Malembo e Cabinda, todas possuindo fundeadouros para navegação de longo curso, no entanto sem condições de abrigo suficientes. Nas baías de Lândana e Cabinda existem pequenas obras acostáveis, apenas acessíveis a alguma navegação de cabotagem.

As possibilidades da instalação de um cais de longo curso têm sido activamente estudadas, dado que o potencial económico do distrito não poderá ser devidamente aproveitado enquanto não for construído um porto de longo curso que o ponha em contacto fácil, seguro e regular com os mercados consumidores da sua produção em perspectiva.

Cabotagem movimentada no porto de Cabinda:

Milhares de toneladas Verifica-se, pois, um crescimento contínuo. O facto de as obras actualmente existentes servirem simultaneamente a cabotagem e o longo curso (este através da barcagem) tornou premente a sua ampliação, levada a cabo na vigência do Plano Intercalar de Fomento. Logo que estejam construídas as obras de longo curso, a ponte-cais existente poderá movimentar, em cabotagem, 85 000 t. Porto Alexandre é uma cidade com uma população crescente e activa, que se dedica quase exclusivamente à pesca e às indústrias correlativas.

Está situada na orla do deserto de Namibe, que se prolonga para o interior e para o sul numas centenas de quilómetros. Ao norte, a cerca de 100 km e ligado por estrada asfaltada, encontra-se o porto de Moçâmedes.

Depois de executadas as pequenas obras necessárias, Porto Alexandre poderá ser considerado como porto misto de pesca e longo curso, dada a circunstância extremamente favorável de os fundos apropriadas se encontrarem a duas ou três dezenas de metros da praia.

Além dos portos acima referidos, encaram-se ainda os investimentos necessários aos portos de Zaire, Porto Amboim, Baía dos Tigres, Ambriz, Ambrizete, Novo Eedondo, Benguela, Baía Farta e Baía dos Elefantes, em relação aos quais se prevê a realização de estudos ou pequenas obras. Transportes fluviais Não são muitos os rios de Angola que oferecem possibilidades de aproveitamento como vias de comunicação.

Entre eles merecem referência o rio Chiloango, que é navegável para embarcações de pequeno calado (2 a 3 pés), num pequeno troço de uma centena de quilómetros, a montante de Lândana, onde desagua. O troço final, junto à foz, tem profundidades que permitiriam instalar um porto interior para o longo curso se fosse econòmicamente aconselhável e tecnicamente seguro eliminar a barra que o separa de iguais profundidades na baía.