Quanto ao movimento de receitas, o Aeroporto de Craveiro Lopes ocupou, em 1965, o 2.º lugar da rede nacional, com um montante de cobrança no valor de 12 122 contos.

Importa realçar a acção desenvolvida pela D. T. A., que mantém carreiras regulares - no total de 44 - para os diversos pontos da província.

O tráfego por ela desenvolvido nas carreiras regulares é servido por uma frota composta por um Beccheraft D 18 S, sete Douglas DC 3 e dois Fokker Friendship 27, prevendo-se a entrada em serviço de mais um aparelho deste tipo.

Em 1961, ano em que foi definida a actual política aérea provincial, a infra-estrutura aérea era constituída por: uma pista de 2250 m, com estacionamento e acessos pavimentados em rocha asfáltica, permitindo a operação de aviões DC 6 (em Luanda); outra de 2000 m, com estacionamento e acessos em rocha asfáltica, permitindo a operação de aviões DC 4 e, eventualmente, DC 6 (no Luso); mais 5 pistas de. dimensões diversas (entre 900 e 1500 m), permitindo é acesso de aviões DC 3 (Novo Redondo, Porto Amboim, Moçâmedes, Sá da Bandeira e Cabinda); mais 21 pistas de terra, em geral mal construídas e orientadas, com comprimentos variando entre 850 e 1200 m, permitindo a operação de Beechcraft e, em alguns casos, de DC 3, e, por último, cerca de uma centena de pistas de recurso em terreno natural. Quanto a ajudas-rádio, energia eléctrica e sinalização luminosa, telecomunicações, controle, serviço de protecção e apoio às aeronaves em terra, só o aeroporto de Luanda se encontrava apetrechado, embora em condições deficientes. A mencionar ainda, quanto a ajudas-rádio, Luso, Carmona, Camabatela, Portugália, Totó e Henrique de Carvalho. Na província existiam então 12 aeroclubes com 29 aviões, uma empresa de transportes aéreos - a D. T. A. - com 10 aviões (DC 3 e Beechcraft) e duas empresas de táxis aéreos com 4 aviões, embora só uma estivesse em actividade normal. Os correios, telégrafos e telefones dispõem já de uma rede de VHF que, na sua maior parte, tem capacidade para 48 canais telefónicos e que, dada a existência de uma reserva passiva, poderá ser aumentada para sensivelmente o dobro.

Entendeu-se que não seria económica nem vantajosa a substituição da actual rede por outra de UHF ou SHF, nem a instalação de uma ligação troposférica entre Luanda e Nova Lisboa, como inicialmente considerado.

Apesar de todas as ampliações ou transformações efectuadas, não tem sido possível, neste sector, um desenvolvimento que permita um grau operacional correspondente à completa satisfação das crescentes necessidades de um território em franco desenvolvimento - fenómeno, aliás, natural nas regiões em condições semelhantes às que se verificam em Angola. O recurso a soluções óptimas que o extraordinário incremento das telecomunicações tem algumas vezes permitido a países ou grupos de países de grande desenvolvimento técnico não constituirá por agora a solução ideal para o problema angolano, pois que obrigaria a elevados investimentos de duvidosa rentabilidade e que só se justificariam por razões políticas, que, a apresentarem-se, carecerão de cuidada análise, dadas as implicações de coordenação que acarretariam.

Em 1964 foram executados os seguintes empreendimentos: ampliação da estação telefónica interurbana de Luanda, estações telefónicas automáticas de Nova Lisboa, Benguela e Pereira de Eça e rede telefónica desta localidade. Em 1965 adquiriram-se cabos para as centrais automáticas de Benguela, Lobito e Catumbela; procedeu-se à montagem de acessórios das centrais de Nova Lisboa, Lobito e Catumbela; instalaram-se 400 novos números na estação satélite do Bungo, em Luanda, e procedeu-se ainda à instalação de centrais automáticas em Nova Lisboa, Benguela, Lobito e Catumbela.

Pelo que respeita ao apoio à navegação, é necessário proceder à remodelação do equipamento das estações radioeléctrícas de Cabinda, Santo António do Zaire, Luanda, Novo Redondo, Lobito, Moçâmedes e Baía dos Tigres, abertas à exploração há cerca de 20 anos. A oportunidade de passarem estas estações a ser exploradas pelos serviços de marinha convirá que seja encarada. Encontra-se concluída a rede primária de VHF, que estabelece a ligação entre Luanda, Salazar, Carmona, Malanje, Cela, Nova Lisboa, Lobito, Benguela e Sá da Bandeira. Além desta, encontra-se também já concluída a rede secundária de VHF nos circuitos entre: Luanda-Barra do Dande-Caxito-Mabubas-Ambriz-Ambrizete;

b) Lobito-Egito-Novo Eedondo-Porto Amboim-Gabela.

Prevê-se a execução de dois circuitos desta rede secundária, um entre Nova Lisboa-Silva Porto-General Machado e outro entre Sá da Bandeira-Moçâmedes.

A rede HF em SSB tem já montada a ligação entre Luanda e o Luso e estão em montagem os circuitos entre Luanda-S. Salvador e Luanda-Serpa Pinto.

Em 1965 continuou-se a construção do edifício de Nova Lisboa, concluiu-se o da central automática de Benguela e iniciou-se o da central de Lobito e o da estação telégrafo-postal e central automática da Catumbela.

2.1. Transportes rodoviários No III Plano de Fomento pretende-se prosseguir os programas de realizações já em curso de execução, beneficiando zonas da província ainda não dotadas da desejável estrutura rodoviária.

Assim, proceder-se-á: À construção do troço entre o rio Quióvua e Henrique de Carvalho (para conclusão da estrada Luanda-Henrique de Carvalho); do lanço Tchua-Ochicango (para ligação de Sá da Bandeira à África do Sul); da estrada Silva Porto-Luso (como continuação da estrada Lobito-Silva Porto); do troço Matala-Serpa Pinto (no seguimento da estrada de Sá da Bandeira a Matala), e do lanço Munhinso (proximidades) a Sá da Bandeira, integrado na estrada Moçâmedes-Serpa Pinto;

b) Ao lançamento de novos troços para servir os territórios do Este da província, satisfazer as necessidades do Norte e atender a objectivos diversos de interesse económico, turístico e outros.