Lanço Casa da Telha-Santo António do Zaire Via da comunicação costeira integraria no eixo norte-sul - Sazaire-Ambrizete-Luanda-Novo Redondo-Lo-bito-Moçâmedes-foz do Cunene. Atravessa regiões ricas em palmar e com algum algodão. Integra-se no eixo oeste-leste, que, junto à fronteira norte, ligará Sazaire a S. Salvador e a Sacandica. Este empreendimento tem grande interesse sob o aspecto económico e turístico. A região que atravessa, de grande densidade populacional, é muito fértil, destacando-se, no aspecto agrícola, o milho e o tabaco.

Estradas de Cabinda Concluída a ligação Guilherme Capelo (Lândana)-Cabinda-lema, prevê-se a pavimentação asfáltica dos lanços Lândana-Massabi (proximidades), Massabi-Buco Zau, ramal de Sassa Zau e Cabinda-Tando Zinde-Tibi. Com este empreendimento pretende-se atingir Buço Zau por duas vias, uma acompanhando a fronteira cora. a República Federal do Congo (Kinshasa), para uma boa drenagem das madeiras para o porto de Cabinda. O ramal de Sassa Zau tem bastante interesse, porque vai ligar o rio Chiloango, até onde é navegável, com a estrada Guilherme Capelo-Cabinda.

As madeiras de Cabinda só poderão competir com as madeiras dos territórios vizinhos se o acesso ao mar for fácil. A riqueza das madeiras de Cabinda justifica plenamente uma boa rede rodoviária.

Lanço Serpa Pinto (quilómetro 10)-Caiundo Trata-se de mais um empreendimento rodoviário visando a valorização de um território de boas perspectivas económicas. Continua para o sul o lanço Silva

Porto-Serpa Pinto.

3.2. Caminhos de ferro Caminho de ferro de Luanda Os empreendimentos propostos para este caminho de ferro destinam-se a melhorar as suas condições de exploração e são os seguintes:

Melhoramentos da via

Variantes e rectificação do traçado

Em continuação do empreendimento anteriormente iniciado, há que melhorar os troços entre Quinzenga e Lucala e entre Luinha e Beira Alta. Para o efeito, torna-se necessário construir duas variantes, com as extensões de respectivamente, cerca de 27 km e 12 km, e fazer outras pequenas rectificações; obter-se-á assim uma uniformidade de tracção entre Cacuso e Luanda, que se traduzirá em substancial benefício pára a exploração, pela economia e maior rapidez nos transportes.

Reconstrução e reparação de obras de arte

Algumas obras de arte, de construção antiga e projectadas para cargas muito menores que as actuais, não oferecem já as devidas condições de segurança, necessitando umas de profundas reparações e outras de serem substituídas.

Balastragem

Há necessidade urgente, não só por razões de segurança da circulação, mas ainda por razões de conservação do material de via, de tracção e circulante, de concluir e balastragem do caminho de ferro numa extensão de cerca de 165 km de via.

Renovação da via

Torna-se necessário renovar todo o material de via desde Luanda a Lucala, podendo parte do material retirado e ainda aproveitável ser utilizado na renovação além Lucala e em linhas secundárias e desvios.

Na sequência de empreendimentos anteriores, torna-se necessário construir novas estações em Salazar, Lucala e Malanje. Com efeito, foram já construídas as variantes e terraplenagens das novas plataformas para as referidas estações, e em Salazar e Malanje encontram-se já concluídos os novos cais de mercadorias, que não estão ao serviço por se encontrarem distantes das actuais estações, que há muito não satisfazem as necessidades.

Além disso, é necessário construir outras pequenas estações e instalações para o pessoal.

Equipamento

Aquisição de locomotivas, locotractores e conversão vapor/Diesel.

Sob esta rubrica incluem-se os encargos resultantes da aquisição com pagamentos diferidos de dez locomotivas Diesel-eléctricas e de locotractores de manobras.

Aquisição de carruagens

É indispensável aumentar o parque de carruagens de 2.ª classe, pelo que é necessária e urgente a aquisição de pêlo menos, quatro carruagens deste tipo. Em face da grande afluência de passageiros de 3.ª classe ultimamente verificada, afluência que tende a aumentar, será necessária a urgente aquisição de cinco carruagens de 3.ª classe.

Vagões

Tendo em conta o previsível aumento de tráfego e a satisfação das necessidades que já actualmente se fazem sentir, torna-se necessária a aquisição de 50 vagões abertos de bordas baixas e de 50 vagões fechados.

É indispensável também a aquisição de equipamento diverso, nomeadamente o destinado à melhoria das telecomunicações e à mecanização da conservação da via. A tendência para o agravamento apresentada pela situação financeira- da empresa exploradora deste caminho de ferro torna difícil prever os investimentos a fazer durante a vigência do III Plano de Fomento. Em qualquer caso, haverá que considerar investimentos, com vista a manter esta linha em condições suficientes de serviço.