Também se pode verificar a existência de uma concentração acentuada, pela reflexão sobre as duas percentagens, 26 por cento e 25 por cento, representativas da importância dos cinco principais produtos no total, em 196o e 1965. Assim:

5 produtos representam 25 por cento das importações de 1965;

39 produtos representam 38 por cento das importações de 1965;

Os restantes representam 37 por cento das importações de 1965.

Contudo, estamos longe das chamadas altas concentrações, pois os restantes produtos ainda conseguem deter 37 por cento do total. Em termos de valores, a participação da zona do escudo oscila entre 34 por cento e 39 por cento, dos quais 4,5 por cento e 5,1 por cento dizem respeito ao ultramar.

Do ponto de vista da concentração por territórios, bastará ver que, para 1965, se tinham as seguintes importâncias relativas:

Quer dizer que dez territórios (onze se atendermos a que o ultramar envolve Angola e Macau em parte iguais) detêm 85,7 por cento das aquisições de Moçambique, e três deles, continente, e ilhas, África do Sul e Reino Unido, só por si, já representam 55,5 por cento.

Moçambique tem, assim, nesses três territórios, a origem de mais de metade das suas importações.

Tornando índices relativos ao quinquénio de 1961-1965, obtém-se o seguinte quadro.

Importações da zona do escudo e do estrangeiro

Os principais produtos de importação da metrópole são os tecidos (92 por cento do valor de importação de tecidos provêm da metrópole e constituem 20 por cento da importação total desta origem), os vinhos (100 e 14 por cento, respectivamente), as meias, peúgas e roupas interiores, os pneumáticos, o calçado, o azeite e os medicamentos. Do ultramar importa-se sobretudo vestuário (Macau), peixe em salmoura, seco ou fumado (Angola), milho (Angola) e tecidos de fibras sintéticas ou artificiais contínuas (Macau).

Do estrangeiro provêm o petróleo em bruto (Iraque), os automóveis para transporte de pessoas, não especificados, e com cabina (Alemanha, Reino Unido, França e Suécia), o trigo (Argentina), o ferro ou aço em chapas (África do Sul e Japão), os medicamentos (Alemanha, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos da América), os tractores (Estados Unidos da América e Reino Unido), os automóveis de carga (Reino Unido, Japão e Alemanha), as partes e peças separadas de automóveis e velocípedes (Reino Unido e Alemanha) e o leite e nata (Holanda e Dinamarca).

Se se considerar os principais produtos de importação, vê-se que provêm: Da análise do quadro seguinte ressalta uma evolução das exportações regularmente crescente em valores e em quantidades, com interrupção em 1964.

Exportações totais

Em termos médios, tem-se um grande incremento em volume físico, e um crescimento normal de 5 por cento em termos de valor. Verifica-se uma elevada dependência da província na exportação das matérias-primas e produtos alimentares. Contudo, teria havido uma diversificação, embora ligeira, das mesmas exportações de 1963 para 1965.