Apesar disso, com base em 1965, tem-se ainda que:

7 produtos representam 64 por cento das exportações totais.

87 produtos representam 81 por cento das exportações totais.

Os restantes representam 5 por conto das exportações totais.

Basta reler o que foi expresso a este propósito sobre as importações para se ver que a concentração nas exportações é bastante mais elevada. De facto, os restantes produtos só representam 5 por cento, enquanto ali representavam 37 por cento. A participação da zona do escudo nas exportações moçambicanas em valores evoluiu no quinquénio dos 45 para os 42 por cento, passando por menores participações. Em média 41 por cento é a participação da zona do escudo, dos quais 8,9 por cento cabem ao ultramar.

Quanto à concentração por países ou territórios, têm-se para 1965 (valores):

Portanto nove territórios (menos que na importação) representam 85,1 por cento das exportações (o mesmo que para a importação) e três deles - metrópole, União Indiana e lírica do Sul- só por si equivalem a 63,1 por cento das exportações. Há, pois, maior concentração nas exportações do que nas importações. E, por outro lado na lista dos países mais representativos nas importações, o Reino Unido sai aqui para dar lugar à União Indiana. Do ultramar, o território mais representativo é Angola (3,7 por cento).

Para referir a evolução, durante o quinquénio, veja-se o quadro seguinte:

Exportações para a zona do escudo e estrangeiro

Como se observa, são as exportações para a zona do escudo as de maior irregularidade. Apesar disso, tem-se, em média, um crescimento de 1 a 3 por cento anual em valores e entre 18 a 21 por cento em tonelagem. O crescimento das exportações para o estrangeiro é superior sob ambos os aspectos: respectivamente 7 a 8 por cento em valores e 22 por cento em tonelagem.

Nas exportações para a metrópole pesam sobretudo o algodão em rama, o açúcar, o óleo de amendoim e a castanha de caju. São ainda importantes as exportações de fuel, copra, sisal, chá e hulha não preparada. No total destes nove produtos têm-se 93 por cento das exportações para a metrópole.

Para o ultramar seguem sobretudo o óleo de amendoim, o óleo de algodão, a hulha não preparada, o açúcar e, ainda o chá e a amêndoa de caju. Portanto, seis produtos mais importantes que representam, contudo, apenas 13 por cento das exportações com esse destino.

Os óleos destinam-se a Angola e Cabo Verde, a hulha a Angola, o açúcar a Timor e Angola, o chá a Angola o S. Tomé e a amêndoa de caju a Angola e Macau.

Com o estrangeiro apresentam-se sete principais produtos, que representam 68 por cento do total que lhe é destinado. A castanha de caju (destinada à índia), o

chá (Reino Unido, Quénia, Estados Unidos da América, etc.), o sisal (Holanda, Alemanha e França), a copra (Espanha, Israel, Noruega, França e Itália) e a amêndoa de caju (Estados Unidos da América, África do Sul, Alemanha e Austrália) são os únicos produtos com mais de 100 milhares de contos de exportação para o estrangeiro. A gasolina destina-se à África do Sul e o gasóleo e Diesel à África do Sul e à navegação marítima. Os sete principais produtos das exportações moçambicanas distribuem-se, portanto, da forma seguinte: