técnico o problema se mostra delicado, verificando-se uma carência mais difícil de solucionar no caso dos regentes agrícolas, o que obrigará a tomarem-se medidas adequadas para o efeito. Outro tanto será necessário considerar no problema dos restantes técnicos superiores.
Efeitos globais à escala regional e definição de zonas de desenvolvimento no período de 1968-1973
Nele predominam as regiões de mais intensa produção, onde se localizam precisamente as principais culturas e efectivos pecuários da economia da província. Envolve também as zonas industriais, as zonas de influência do comércio do interior e as zonas de influência das principais vias de comunicação.
Ao procurar, no III Plano, actuar decisivamente sobre a pecuária e sobre as principais culturas que não oferecem problemas de mercado, programou-se um acção que tem como objectivo um aumento de produtividade das explorações já existentes e um alargamento das áreas cultivadas por agricultor. Os programas estabelecidos consistiram, fundamentalmente, em intensificar a acção e os meios de trabalho dos serviços de extensão, bem como melhorar as possibilidades de recolha das produções, procurando, tanto quanto possível, garantir preços mínimos e dar vida aos serviços de armazenagem.
Este estrato envolve regiões que já tinham algum desenvolvimento, mas necessitam, para evoluir para outro estádio, de uma actuação concentrada. Tal é o caso das zonas incluídas nos projecto dos regadios e das zonas A, D, F e K dos esquemas de povoamento.
Compreende as regiões em que, por via do alargamento dos meios de acção anteriormente referidos, se tem em vista conseguir um aumento das áreas em exploração económica. Tais novas áreas virão, assim, a adquirir a natureza das regiões actualmente incluídas no estrato A.
Compreende as regiões que, não estando incluídas no estrato A, e podendo, portanto, considerar-se como económicamente inactivas no presente, se pretende estimular através dos projectos e medidas contidas no III Plano.
São zonas que, tendo boas condições ecológicas para as finalidades propostas, serão chamadas à actividade económica através de medidas de acção mais concentradas, prevendo-se para elas a mesma evolução que se prevê para as zonas do estrato A".
Após esta caracterização, restam no território da província diversas regiões que integram o estrato C. Nelas não está prevista acção especial no III Plano, exceptuando a criação de vias de transporte que garantam a ligação das zonas activadas ou das actualmente activas, ou de vias justificadas por motivos extra-económicos.
Estas regiões caracterizam-se, aliás, por terem, na generalidade, piores condições ecológicas e muito baixa densidade de população, ou exigirem para o seu aproveitamento um grande volume de investimentos.
Incluem-se regiões que, para o seu aproveitamento, exigem grandes trabalhos ou investimentos de base de efeito retardado, tais como:
Obras de regadio (foz do Zambeze);
Trabalhos de hidrogeologia (zonas M e O no Sul do Save).
Daí resultou uma autêntica espinha dorsal de estradas no sentido norte-sul e de alguns ramos penetrantes, tais como os dos- distritos de Tete e de Cabo Delgado e Niassa. Como, por motivos extra-económicos, foram sugeridas outras vias de transporte, verificou-se que mesmo as regiões de estrato C ficam dotadas de estradas que garantem a circulação todo o ano.
Daqui se pode inferir que no próximo Plano eventualmente poderá ser chamada à actividade económica boa parte do estrato C.
Norte dos distritos do Niassa e Cabo Delgado (corri excepção do planalto dos Macondes e da região litoral)
A região ficará, com o presente Plano, servida por uma rede de vias de transporte, o que possibilitará a progressão, para o Norte, das actividades económicas centradas nas zonas D e A, em modalidades de aproveitamento que sejam compatíveis com a ecologia. Cita-se em especial o vale do rio Lugenda, que representa especiais características para aproveitamento em regadios cora pequenas bombagens.
A razão por que não se propuseram regadios na zona em causa, mas antes no Sul da província, reside no facto de este não oferecer garantia pluviométrica para as culturas de sequeiro, tornando-se aqui muito mais premente a necessidade do regadio.
No futuro vislumbra-se, para a região, todo um desenvolvimento assente noutras perspectivas: o aproveitamento da Cabora-Bassa, com produção de energia a custos muito baixos, que possibilitará a expansão da actividade transformadora de minérios e sua extracção (carvão, ferro, manganês, etc.).