Circuitos de distribuição Evolução recente e problemas actuais No que se refere à comercialização, torna-se necessário prever investimentos que permitam, em especial, estruturar uma organização que conduza ao funcionamento coordenado dos circuitos de distribuição dos produtos agrícolas e pecuários. Não podem ser esquecidos os problemas relacionados com o comércio do interior e as disposições legais sobre condicionalismo comercial e especialização do comércio. Para procurar resolver os problemas relacionados com a comercialização dos produtos agrícolas, é indicada a criação de postos de recepção desses produtos, garantindo preços mínimos, fazendo incidir a sua acção onde não haja instalações de armazenagem, as quais passarão também a funcionar nos mesmos moldes daqueles postos, quanto a preços. Assim, possibilitar-se-á aos produtores a colocação dos seus produtos a preços incentivadores da produção, fazendo-os entrar no circuito de economia monetária. A comercialização dos produtos agrícolas requer, além de uma rede de transportes, o apoio de infra-estruturas de armazenagem. À rede de armazenagem programada competirá receber os produtos, assegurar a sua conservação em boas condições até ao consumo e executar as necessárias operações de limpeza, secagem, acondicionamento, classificação, etc., por forma a constituir lotes homogéneos de maior valor comercial e mais fácil venda. Considerou-se, portanto, a necessidade de reajustamento da rede de armazenagem, quer por instalação de novas unidades, quer por ampliação das já existentes, tendo-se previsto o investimento exigido tanto para ampliação, como para construção de armazéns simples e silos.

A construção de armazéns frigoríficos foi prevista nos investimentos a fazer nos sectores dos caminhos de ferro e portos. O trabalho de compatibilização deste sector com os restantes foi norteado pela preocupação de se atender não só aos planos dos organismos responsáveis pelos problemas de mercados, preços mínimos e armazenagem, mas também às novas exigências determinadas pelas medidas e projectos sobre produção.

Por outro lado, compatibilizaram-se também os projectos relativos a armazenagem com Os relativos à comercialização dos produtos agrícolas (postos de recepção), limitaram-se os novos postos de recepção àqueles pontos onde não tinham sido previstos armazéns e recomendou-se que estes armazéns e os dos institutos funcionem supletivamente como postos de recepção para as áreas onde estes não existam. Os projectos elaborados para o estudo das principais produções agrícolas da província prevêem, nalguns casos, importantes aumentos de produção, desde que sejam facultados os meios indicados como necessários para intensificar a assistência à produção agrícola.

A comercialização de tais aumentos de produção carecerá do necessário apoio às infra-estruturas de transporte e armazenagem da província, sem o que se verificarão situações graves, com reflexos imediatos no sector agrícola; será, pois, necessário procurar determinar as solicitações futuras resultantes da realização do III Plano de Fomento.

De acordo com aqueles projectos, as produções agrícolas a considerar no que se refere a problemas de armazenagem são: amendoim, arroz, caju, milho e trigo.

O caso do algodão não foi considerado, visto que se admite que a indústria assegure a armazenagem requerida pelo aumento de produção previsto, à semelhança do que já faz presentemente para a produção, a fim de definir os quantitativos a armazenar e respectivas localizações.