Circuitos de distribuição
Programa de Investimentos
VII) Transportes e comunicações
Para isso, há que prever uma rede de estradas facilmente transitáveis, que, acompanhando paralelamente o desenvolvimento da província, permitam o escoamento e o intercâmbio das produções entre as várias regiões. Facilita-se esta ideia de unidade com a conclusão, também prevista, da construção de um eixo sul-norte, em estrada de características definitivas, asfaltada na maior parte do percurso.
Dada a necessidade de intensificar a exploração de extensas regiões nos distritos de Tete, Niassa e Cabo Delgado, deve-se ainda fazer incidir o maior esforço de construção de estradas em especial nos distritos referidos.
Também as zonas previstas para o povoamento se prevê que venham a ser dotadas com estradas de características definitivas.
Não se podendo atender completamente a todas as necessidades em matéria de rodovias, convinha, pelo menos, tornar acessível todo o território da província com estradas que, embora de terra, sejam transitáveis durante todo o ano. Levando esta preocupação mais longe, elaborou-se também um programa de obras de arte definitivas em estradas nas quais não é possível prever a execução de qualquer outro tipo de beneficiação.
Na medida em que se desconhecem as variáveis que governam a futura organização da zona económica Quelimane-Milange-Nova Freixo-Nampula, haverá que dar preferência apenas a obras de arte definitivas nas estradas que tinham sido consideradas de asfaltar nesta zona, tendo-se, por compensação, considerado a asfaltagem de maior quilometragem no Norte.
Julgou-se muito importante, por outro lado, a necessidade, em muitos casos por motivos extra-económicos, de tornar transitáveis durante todo o ano 4700 km de estradas de interesse local ou regional.
Estradas asfaltadas;
Estradas definitivas, de terra;
Estradas provisórias, garantindo passagem durante todo o ano;
Estradas provisórias, não garantindo passagem durante todo o ano.
A província de Moçambique reparte-se, sob o ponto de vista de infra-estruturas de transporte, em:
Zonas com boas ou regulares infra-estruturas de transporte;
Zonas com más infra-estruturas de transporte.
As zonas de influência dos portos de Moçambique repartem-se por:
Zonas de influência de portos oceânicos de primeira classe (Lourenço Marques, Beira e Nacala);
Zonas de influência de portos oceânicos de Segunda classe (Chinde e Porto Amélia);
Zonas de influência de portos de cabotagem (Quelimane, Pebane, Morna, António Enes e Mocímboa da Praia).
No entanto, se se imaginar que, no curto espaço de quatro anos, poderá mais que duplicar a carga manuseada no porto de Lourenço Marques, passando de 8 815 000 t trabalhadas em 1965, para 18 000 000 t previstas para 1969, e que haverá que transportar toda esta carga pelas linhas que afluem a Lourenço Marques a partir de 1969, torna-se evidente o esforço que há a fazer.
As beneficiações que não dizem respeito a portos e linhas afectadas pelo tráfego estrangeiro têm já uma reduzida expressão numérica.
A justificação principal para estes investimentos encontra-se na necessidade de dar vazão ao tráfego internacional. Convém, contudo, referir que a entrada de divisas a provir do sistema de transportes certamente excederá os encargos em divisas estrangeiras decorrentes dos programas a efectuar.