Tratando-se de um programa apresentado pelos Serviços de Portos, Caminhos de Ferro e Transportes, que se autofinanciam, em regra, e não tendo sido possível encarar a reprodutividade caso por caso, admite-se que esta é garantida pelo critério que aqueles serviços seguiram na escolha dos investimentos.
Tratando-se ainda fundamentalmente da expansão dos caminhos de ferro e portos existentes, sendo flagrante, no caso dos portos, que os investimentos vão concentrar-se nos portos de Lourenço Marques, Beira e Nacala, parece, em princípio, que haverá reprodutividade.
No caso do caminho de ferro da Beira, por parte do Ministério das Finanças, também não há que lhe fazer referência, dada a sua condição de independência quanto ao financiamento dos investimentos.
Nos outros empreendimentos relativos a caminhos de ferro, julga-se haver boa margem para restrições do volume de investimento, no caso de tal vir a ser necessário, em particular no que se refere a aquisição de material circulante, a construção de casas, ao início do ramal do Muende, na linha do caminho de ferro do Tete, e aos investimentos na linha dê Quelimane, de tráfego decrescente, como se verifica:
Toneladas
transportadas
Paralelamente aos Serviços de Portos, Caminhos de Ferro e Transportes, os Serviços de Marinha interferem também na jurisdição dos portos da província, tendo a seu cargo, especialmente, os serviços de pilotagem, reboques, farolagem e balizagem, dragagens e, de um modo geral, todas as operações de carácter marítimo dentro dos portos, quer estes estejam subordinados à administração dos Serviços de Portos, Caminhos de Ferro e Transportes ou não.
Os Serviços de Marinha concorrem, assim, para o regular funcionamento das instalações portuárias, permitindo que a navegação frequente os portos da província em condições satisfatórias de segurança e rapidez.
Estabelecimento de uma rede de estradas facilmente transitáveis, que, acompanhando paralelamente o desenvolvimento da província, permita o escoamento e o intercâmbio das produções entre as várias regiões;
Prosseguimento da construção do eixo sul-norte e suas ramificações para Tete e Niassa, em estradas de características definitivas, asfaltadas na maior parte do percurso;
Construção de estradas no Norte, especialmente nos distritos de Tete, Niassa e Cabo Delgado, visando a exploração de extensas regiões;
Existência de estradas de características definitivas em todas as zonas previstas para povoamento;
Acessibilidade, por estradas, de todo o território da província, tomando por base o critério adoptado de que, embora sendo algumas de terra, fiquem transitáveis durante todo o ano, começando por executar as obras de arte necessárias;
Substituição de cerca de um terço da frota automóvel dos Serviços de Portos, Caminhos de Ferro e Transportes por aquisição de 60 camiões e 40 autocarros;
Equipamento conveniente das 5 secções de camionagem automóvel dos mesmos serviços.
Unidade: quilómetro
Dar vazão ao tráfego internacional, que se espera venha a aumentar de forma notável, dado que o volume de tráfego interno não pesa nas explorações das várias redes; só nas linhas convergentes em Lourenço Marques se espera que o tráfego passe de cerca de 9 milhões de toneladas (1965) para cerca de 18 milhões em 1969;
Eliminação do peso negativo na exploração das linhas desnecessárias e melhoria da organização dos serviços.