Considerar-se-á, no período do III Plano de Fomento, a criação de pelo menos, 20 000 novos fogos, a repartir como segue:

Estimam-se em 700 ha as necessidades em terrenos para a construção desses 20 000 fogos.

As características das construções serão diferentes, consoante se situam em Lourenço Marques e Beira ou noutras localidades. Em Lourenço Marques e Beira considerar-se-ão construções de edifícios de 8 fogos, construções unifamiliares e construções para fins comerciais (60 por cento, 20 por cento e 20 por cento, respectivamente), enquanto nas demais localidades predominarão as construções unifamiliares.

Tendo em conta esta diferenciação, aqueles 700 ha virão a distribuir-se como se segue:

Excepção feita a Lourenço Marques e a Quelimane, considera-se possível a obtenção gratuita dos terrenos necessários.

285. Logo que se tenha concluído a urbanização dos terrenos, considera-se a possibilidade da venda dos mesmos, em condições de preços favoráveis, aos directamente interessados empreiteiros, cooperativas, etc.-, que se encarregariam da construção das habitações. As medidas de política enquadram-se .nos seguintes termos:

Para execução harmónica do programa, haverá que assegurar a colaboração das várias câmaras municipais pára solucionar os problemas emergentes;

Para que o programa proposto possa iniciar-se, torna-se necessário que previamente seja feito um estudo financeiro pormenorizado do problema e que se incremente a apresentação dos necessários planos de urbanização.

IX) Turismo 1. Evolução recente e problemas actuais

287. De entre as zonas já detectadas como de interesse sob o ponto de vista turístico, seleccionaram-se aquelas que, pelas infra-estruturas já existentes, permitem um esforço de promoção com um investimento reduzido e que são:

Ponta do Ouro, reserva do Maputo, lagoas da Bela Vista;

Zona de influência de Lourenço Marques;

S. Martinho do Bilene, Chongoene, lagoas de Zavala,

cabo das Correntes, Inhambane;

Vilanculos, Inhassoro, Bazaruto, Bartolomeu Dias;

Zona de influência da Beira; Parque Nacional da Gorongosa.

Actuando imediatamente nestas zonas, há a certeza de virem a melhorar-se as condições em locais dos mais receptivos no panorama turístico da província e que beneficiam já de um afluxo considerável de turistas.

Finalmente, foi considerado necessário contribuir para a construção de uma escola de profissionais de hotelaria. Este sector contém implícitos vários problemas de compatibilização sectorial.

Recorreu-se, por medidas de fomento, ao estabelecimento de um certo número de acções que permitam obter os elementos necessários à programação do sector, para além da previsão do afluxo de turistas, e, portanto, no decorrer do III Plano de Fomento poder-se-ão concretizar tais empreendimentos, os quais deverão ser enquadrados nos sectores respectivos (casos de estradas, transportes aéreos, planos de urbanização, águas e electricidade, saúde, fite.). Tomou-se, porém, como solução intermédia, a consideração de uma verba global para se fazer face às necessidades que realmente venham a explicitar-se melhor, a qual poderá ser reforçada com os meios financeiros do Fundo de Fomento Turístico, criado recentemente. Assim mesmo, ainda foi possível verificar que algumas, das estradas, dos abastecimentos de água e electrificações que, por outros motivos, se propunham fazer, coincidiam, em muitos casos, com as necessidades do sector de turismo, como, por exemplo, as electrificações da Ponta do Ouro, S. Martinho do Bilene, Vilanculos, Inhassoro, a urbanização em Ponta do Ouro, região de Inharrime, Quissico, Chindenguele, Bazaruto, etc.

O caso da estrada da Bela Vista para a Ponta do Ouro constitui um caso diferente, pois foi incluída no programa rodoviário exactamente por razões turísticas, pretendendo-se que nesta estrada se façam as beneficiações necessárias para garantir o trânsito durante todo o ano. Com base no movimento de entradas de turistas nos anos de 1962 a 1965, extrapolou-se, mediante uma regressão linear, o volume de turistas, de forma a definirem-se as metas a atingir no período do III Plano de Fomento (1968-1973).

Os valores aproximados da projecção são os seguintes:

Esclarece-se, desde já, que não se tomou a taxa de crescimento do período de 1962-1965, que era de 8,5