por cento, mas fixou-se a taxa de 5,6 por cento para esta linha de tendência dos anos de 1968-1973, bastante inferior, portanto, à que anteriormente se verificou.

Esta prudência na projecção deve-se a serem muito elásticas as circunstâncias condicionantes do fenómeno turístico em. geral e, portanto, de difícil previsão. Factores de natureza económica, social e política, nas origens dos fluxos turísticos externos, podem alterar substancialmente o seu volume sem viabilidade de por medidas internas do mercado receptor do turismo, facilmente se poder retomar a posição anterior. Aliás, a curta extensão do período de tempo base da análise do sector não permite que se possa, com relativa certeza, prever a evolução futura do quantitativo de turistas no mercado turístico da província.

Por estes motivos se adoptou uma taxa anual de crescimento de 5,6 por cento e se admitiu que poderão ocorrer flutuações, com efeito negativo, de amplitude que se arbitrou em cerca de 1.0 por cento dos valores estimados, donde resultaram os seguintes intervalos anuais, que se tomam como meta a atingir:

Turistas

1968 ............ 230 000 a 260 000

1969 ............ 240 000 a 270 000

1970 ............ 260 000 a 290 000

1972 ............ 290 000 a 320 000

1973 ............ 300 000 a 340 000 Em relação ao número de dormidas foi apurado um valor médio entre 1,55 e 1,91 para 1961 e 2,5 e 2,97 para 1.965. Como a abertura da ligação Lourenço Marques-Beira permite o estabelecimento de circuitos turísticos fechados em relação aos fluxos externos mais relevantes (África do Sul e Rodésia), necessariamente que a média de estada terá de subir. Assim, tomou-se como meta facilmente alcançável e seguramente excedível a média anual de três dormidas.

A previsão para o período do III Plano de Fomento é, pois, de: Não é possível, por os dados existentes não o permitirem, estimar-se o desenvolvimento que necessàriamente a indústria hoteleira terá de sofrer para absorver o aumento de turistas. Mas, a verificar-se a projecção referida, tal desenvolvimento será uma necessidade imperiosa. Por outro lado, um incremento como o que se espera terá reflexos fortes e benéficos na balança de pagamentos da província. Assim, calculando-se a despesa média diária do turista em Moçambique em cerca de 450$, estima-se na perspectiva já exposta que as receitas de divisas atingirão:

Pelo exposto se vê que, se a saída de divisas resultante da despesa do turismo se mantiver no nível dos 270 000 contos, valor à volta do qual variou no período de 1960 a 1964, serão os seguintes os valores do saldo da rubrica «Turismo»:

Estudo e reorganização da pesca e caça desportivas, com especial atenção para a fixação, com antecedência, das espécies de caça a abater anualmente, permitindo assim o estabelecimento, com a antecedência requerida, dos contratos entre as empresas de safaris e os seus clientes;

Realização de campanhas publicitárias no sentido de obter uma económica utilização da capacidade hoteleira fora dos períodos de ponta;

Incentivo da indústria hoteleira e similar, não sómente quanto ao seu desenvolvimento, como ao seu melhoramento técnico e profissional;

Maior projecção das agências de viagem e turismo no desenvolvimento e promoção da actividade que é a razão fundamental da sua existência - o turismo;

Autorização para particulares poderem alojar turistas nas suas residências, desde que sejam satisfeitos certos requisitos, aumentando-se assim a capacidade de recepção de turistas, já esgotada nos períodos de ponta;

Aplicação de medidas de carácter legal de protecção e fomento do património turístico da província, como seja a declaração de utilidade turística nos casos em que tal seja conveniente;

Promoção da realização de manifestações de carácter cultural, desportivo, recreativo e mundano (necessidade de factores de captação nas épocas fora de estação);

Aproveitamento do património histórico e monumentalista da província e melhor aproveitamento das riquezas da fauna e da flora;

Utilização, como meio de atracção, das actividades regionais e regionalistas (grupos folclóricos, cozinha típica, etc.);

Formação profissional hoteleira ao nível inferior e médio, através da criação de uma escola hoteleira;

Política de trabalho relativamente ao pessoal da indústria hoteleira e similar;

Centralização numa única entidade pública dos aspectos gerais da fiscalização de interesse turístico dispersos por vários serviços, como medida para obter uma maior eficiência, coordenação e rendimento. Investimentos Apresenta-se a seguir o programa de investimentos do sector.