Concebido para uma capacidade de 180 000 t anuais, movimentou em 1965 apenas 20 000 t, prevendo-se assim que possa satisfazer durante muitos anos as necessidades da província.
No que se refere aos pequenos portos, cujos trabalhos topo-hidrográficos se encontram quase concluídos, faltando apenas recolher alguns elementos referentes à ondulação, não se prevê a construção de cais acostáveis durante o próximo Plano.
Abre-se uma excepção para o pequeno porto de Pante Macassar, no enclave de Oé-Cusse, que se admite venha a ser dotado com obras acostáveis ligeiras ou com cais flutuantes que permitam a atracação de barcos ou batelões.
Afigura-se também de grande necessidade o estabelecimento de um pequeno porto na ilha de Ataúro.
No que respeita aos meios marítimos, eles exigem, para a sua conservação e reparações, um plano inclinado (em Díli) e apetrechamento, além de oficinas e edifícios diversos.
Contando que as ligações com o exterior continuem a ser feitas por empresa australiana, o objectivo primeiro a atingir, no que se refere a material de voo, é dotar os serviços de transportes aéreos dos meios que lhes permitam satisfazer em pleno as necessidades da província. Deste modo haverá que prever, no mínimo, a aquisição de um avião com capacidade para vinte lugares.
Em infra-estruturas terrestres, os objectivos a atingir estão, em princípio, condicionados pela orientação definida para pequenos aeroportos, que é função dos aviões que se deverão utilizar.
Relativamente ao novo aeroporto de Díli, cuja construção deverá ser iniciada em 1967, na região de Madoi, prevê-se dotá-lo de características que lhe permitam vir a constituir o término de ligação com a Austrália.
No que se refere a ligações externas, crê-se que é de manter o actual sistema de fretamento semanal de um avião australiano, pois esta parece constituir a solução mais económica e mais segura. Torna-se necessário melhorar e ampliar as instalações do aeroporto de Baucau.
Assim, pré vê-se a construção de:
160 km na estrada Díli-Tibar-Ermera-Atsabe-Bobonaro-Maliana;
130 km na estrada Díli-Aileu-Maubisse-Same-Betano;
109 km na estrada Baucau-Venilale-Ossú-Viqueque-Beaço;
150 km na estrada Díli-Loré.
Nesta última foram já construídos (rectificados e melhorados) cerca de 30 km, estando mais 13 km em construção.
Prevê-se ainda a aquisição do seguinte equipamento mecânico, indispensável à execução das obras referidas e ao funcionamento das brigadas de conservação: três tractores D7 com bulldozer e escarificador, dois moto-crapers (médios), duas motoniveladoras, quatro carregadoras, quinze camiões basculantes, quatro betoneiras, três compressores, um cilindro, quatro camiões-tanques e acessórios e sobresselentes.
Não esquecendo que a construção exige conservação, prevê-se, para este efeito, a criação e construção de quatro zonas de conservação de estradas, cada uma equipada com o seguinte material: uma motoniveladora, um camião de 61, um cilindro pequeno, um camião-tanque, uma betoneira pequena, material diverso e sobresselentes.
Por seu lado, a manutenção dos meios de transporte terrestres exige a montagem, em cada sede do concelho, de uma pequena oficina ten do anexos depósitos de combustíveis. Preconiza-se ainda a aquisição de dois prontos-socorros para Díli.
Embora a aquisição do rebocador para auxiliar as manobras dos navios venha a dar a estas uma segurança aceitável, podendo assim dispensar-se o elevado custo de remoção do banco de coral que dificulta a entrada no porto, achou-se conveniente, prevenindo qualquer eventualidade de a situação se vir a agravar, incluir no III Plano uma dotação destinada a dragagens.
Algum equipamento se considera ainda necessário.
No que se refere a navegação, e a fim de melhorar as condições de segurança nos pequenos portos, prevê-se a construção de enfiamentos e marcas e a balizagem de baixios.