exerça a sua finalidade em pleno, e dos organismos oficiais de experimentação e ensino, nomeadamente da Estação Vitivinícola de Anadia e do Douro (Régua e Pinhão).
E recorda-se também a necessidade de se intensificarem os estudos e divulgação da mecanização da cultura e a publicação de uma nova lei do plantio da vinha, de forma a disciplinar a produção, contribuindo para o esclarecimento da política vitivinícola nacional.
Neste sector, e como acção complementar, regista-se a publicação do Decreto n.º 47 338, de 24 de Novembro de 1966, que criou a Administração-Geral do Álcool e seu estatuto, com o fim de «exercer o exclusivo da produção e distribuição do álcool».
Então, foi amplamente justificada a realização de empreendimentos deste género - o número de cooperativas atinge actualmente 60 unidades e os armazéns têm uma capacidade de 14 milhões de litros - e a secção nada tem a acrescentar ao que se conhece, lamentando apenas que seja tão limitada a importância destinada a este objectivo, que é da maior premência, através do Fundo de Melhoramentos Agrícolas.
De facto, a comparticipação de 2000 contos, em seis anos, para o equipamento de lagares parece quase simbólica.
A secção recorda que, embora citada no texto do capítulo em apreciação, não se consigna qualquer verba destinada ao fomento de azeitona de conserva, hoje em dia de grande interesse para a exportação.
Recorda também a necessidade da entrada em funcionamento, o mais breve possível, das instalações construídas em Eivas para a Estação da Olivicultura, já que a evolução acelerada por que passa o meio rural tem trazido a esta cultura, por falta de mão-de-obra e de maquinaria apropriada para os amanhos e para a colheita, justificadas preocupações, agravadas ainda pela concorrência de outros óleos vegetais.
No capítulo (n.º 20) alude-se ao facto de nos estudos realizados para a elaboração da parte do projecto em que se trata da «investigação não ligada ao ensino» se considerar «um projecto de investimento que abrange os aspectos que mais interessam, de momento, à olivicultura», aliás não especificado no respectivo capítulo. Para a necessidade urgente do estudo da «reconversão da olivicultura» e do melhor aproveitamento dos subprodutos permite- se a secção chamar a atenção do Governo.
De registar com aplauso, pelo sentido de oportunidade, o debate a que deu origem o Colóquio sobre Olivicultura Moderna que o Grémio da Lavoura de Abrantes promoveu em 1965.
A produção global do continente em produtos florestais, segundo o Instituto Nacional de Estatística (1964), traduz-se nos seguintes números:
O valor da exportação representa 1/4 do valor da exportação total do continente e 3/5 do produto do sector, agrário.
Nos trabalhos do engenheiro silvicultor Veloso Gaio apresentados em 1965 no IV Congresso Florestal Mundial figuram os elucidativos quadros e comentários que se transcrevem:
(Em milhares de metros cúbicos)
(b) Origem: autor.
Não incluímos o volume do material lenhoso abandonado nas diversas operações e que, só quanto ao pinheiro, é estimado em 3 milhões de metros cúbicos.
Na extrapolação, para prever a área ocupada em 1975, considerou-se que no caso do pinheiro a área actual se desenvolveria a ritmo ligeiramente superior ao do decénio passado, devido ao estímulo da procura sempre crescente da madeira e por se tratar, ainda, de uma espécie de grande rusticidade e bem adaptada aos condicionalismos edafo-climáticos do território do continente. Para o eucalipto previu-se que a expansão da área seria mais importante, calculando-se que até 1975 a produção actual quase duplicaria, por esta espécie ter para o proprietário florestal grande atractivo em .resultado do rápido crescimento vegetativo e da garantia de consumo de material lenhoso. Nas restantes espécies considerou-se uma expansão ou retracção de área, com ritmo idêntico à do decénio anterior; para o sobreiro e castanheiro admitiu-se uma expansão ligeiramente superior, em consequência da política de protecção de que gozam; para as espécies polivalentes na indústria transformadora, cuja expansão se deverá intensificar com o Plano de Rega do Alentejo, considerou-se que o aumento de produção se concentraria principalmente nesta espécie.
Estudada a produção, falta outro parâmetro - o consumo -, para se determinar a disponibilidade de material lenhoso que pode ser destinada à transformação tecnológica.
A previsão para 1975 foi estimada com base na . provável evolução estabelecida nos planos de fomento, nas autorizações concedidas de montagem de grandes unidades industriais, grandes consumidoras de material lenhoso, e ainda na normal evolução da conjuntura madeireira.