Durante o ano de 1966, foram transportadas pelo caminho de ferro as seguintes quantidades de mercadorias:

que pagaram portes em escudos nos montantes de:

Deste modo, em 1966. o custo do transporte das mercadorias foi, em mediu, o seguinte:

Estes números, representativos dos custos médios por quilograma em caminho de ferro, são uma amostragem das médias consideradas, pois as tarifas aplicadas pelo caminho de ferro têm grandes variantes, de mercadoria para mercadoria, conforme o seu peso, volume e distâncias percorridas, razão por que algumas delas são de preferência transportadas por estrada em viaturas automóveis de carga.

Pelos estudos sectoriais realizados, tomando em consideração a média das distâncias entre as estações expedidoras e de recepção, conclui-se que as pequenas e médias remessas feitas por caminho de ferro em grande velocidade e tarifas custam, em regra, para as mercadorias mais vulgares, cerca de 1$ por quilograma. Para as expedições em pequena velocidade, aplicando-se o mesmo critério, o seu custo é de $30 a $50 por quilograma.

No que toca ao transporte de mercadorias por estrada em viaturas automóveis, não existem dados estatísticos oficiais quanto a quilómetros percorridos, quantitativos transportados e o respectivo custo por quilograma.

Entretanto, a evolução nos últimos anos da quantidade de veículos de carga inscritos no respectivo grémio, como se verifica pelos números a seguir indicados, não acompanhou as necessidades consequentes do aumento da distribuição das mercadorias movimentadas no continente nacional.

Assim, existiam em:

Poderá dizer-se que a manutenção do sistema de condicionalismo, seguida há anos quanto ao número de veículos de carga autorizados para o transporte de mercadorias, se traduz na defesa, por meios indirectos, dos caminhos de ferro quanto a esse transporte.

Em 31 de Dezembro de 1965, encontravam-se inscritas no Grémio dos Industriais de Transportes Automóveis 4662 viaturas com um total de carga disponível de

Pelas tabelas dos preços cobrados pelos industriais dos transportes, que se encontram em uso, pode facilmente observar-se que o transporte das mercadorias em veículos de carga tem lugar da porta do armazém do grossista a casa do retalhista, pormenor que na generalidade não acontece com o transporte em caminho de. ferro. Partindo-se dos maiores centros distribuidores para os locais de consumo mais afastados, o transporte das mercadorias em veículos de carga custa em média $18 por quilograma.

Como mera estimativa do total de mercadorias transportadas por estrada em viaturas automóveis de carga, tomando-se como ponto de partida a tonelagem de carga disponível das viaturas automóveis de carga de aluguer, corrigida pela doa particulares também destinada ao transporte de mercadorias, e, ainda, considerando os dias em que quaisquer delas não prestam serviços por motivo de reparação e outros, poderá dizer-se que por estrada em viaturas automóveis de carga se têm transportado em média anual 8 500 0001 de mercadorias diversas, que pagaram de frete 1 530 000 contos.

Tudo que possa referir-se à distribuição interna dos produtos, seu custo e rapidez de movimentos, é problema da actualidade que se debate em âmbito internacional pela sua grande importância económica. Acerca da actividade distribuidora do comércio já muito se escreveu e se apreciou internacionalmente, havendo, quanto a nós, já muita matéria a adoptar quando conhecidos os resultados obtidos por quem fez as experiências.

Contudo, as novas técnicas de comerciar têm como base essencial a melhor distribuição dos produtos. Entre nós, porém, são ainda restritos os meios postos à disposição das actividades mercantis nas linhas de distribuição, mas está-se seguro de que com facilidade as mesmas poderão melhorar-se sensivelmente.

Sentida essa melhoria, não deixarão de se registar determinadas transformações no que toca às estruturas comerciais internas, tanto nos grossistas como nos retalhistas.

Para se processar da melhor maneira a necessária evolução das actividades comerciais respeitantes ao sector interno - grossista e retalhista - e ver-se assegurada a sua importância no campo económico nacional, torna-se necessário que a organização corporativa intervenha eficientemente e seja efectiva a sua acção disciplinadora, tendo em conta a pureza dos princípios do nosso corporativismo.

O comércio nacional, por grosso e a retalho, já tem expressão segundo os elementos disponíveis correspondentes aos ramos de actividade que contribuem para a formação do produto interno bruto, mas tudo faz crer que essa projecção, futuramente, venha a ser maior.

Pode fazer-se uma ideia da actual importância do comércio interno quando se observam os números estatísticos de 1965, pois não se conseguiram, no momento, obter outros que se refiram ao número de sociedades que se dedicam especificamente à actividade comercial, em relação ao total das existentes. Assim, em fins de 1965, o número total de sociedades era de 29 846, com 881 146 empregados e um capital social de 36 969 128 contos. Por outro lado, o número de sociedades que se dedicam ao comércio foi de 14 211, com 101 911 empregados e com um capital de 5 885 791 contos.

Por outra via, e ainda quanto ao ano de 1965, pode também avaliar-se a importância desse comércio. Sabe-se, com efeito, que foram colectadas em contribuição industrial 181 166 entidades que praticavam as actividades comerciais por grosso e a retalho. Entretanto, como não foram, entre elas, sujeitas ao pagamento da contribuição, por não terem lucros, 22 343 entidades, os impostos co-