O quadro c) apresenta, em escudos, os valores das importações efectuadas dos países da Comunidade Económica Europeia e da Associação Europeia de Comércio Livre.

Verifica-se que a C. E. E. é o principal agrupamento fornecedor da metrópole, com diferenças, em relação à A. E. C. L., nos últimos quatro anos, da ordem dos 2,4, 2,6, 3,5 e 3,4 milhões de contos, o que totaliza quase 12 milhões de contos naquele período.

Pertence, aliás, ao Mercado Comum o nosso maior fornecedor, a Alemanha Ocidental (4460 milhões de escudos, ou 15,3 por cento das importações de 1966), logo seguido pelo Reino Unido (3993 milhões de escudos, ou 13,7 por cento), pela E. F. T. A. e pelos Estados Unidos (2279 milhões de escudos, ou 7,8 por cento). Em 1966 todos os países da C. E. E. aumentaram as suas vendas para a metrópole, o que não aconteceu na A. E. C. L., por retrocessos da Dinamarca e Noruega.

De notar, no entanto, que a taxa de cobertura das importações pelas exportações é muito mais satisfatória em relação à A. E. C. L. do que à C. E. E., conforme quadro abaixo:

o que se traduz num déficit, em 1966, de 1 446 000 contos com os países da A. E. C. L. e de 6 565 000 contos com os países da C. E. E. Como fecho da análise, realizada nas alíneas d) e e) deste capítulo n, quanto às exportações e importações da metrópole, parece interessante, no que respeita ao comércio com os países estrangeiros, de longe o mais importante, indicar os diversos factores que agiram na balança comercial respectiva, segundo elementos fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística (ver boletins mensais de Dezembro de 1965 e de 1966):

De registar, ainda, que o acréscimo do déficit com o estrangeiro em 1966 ( + 8,7 por cento) é o mais baixo, em valor relativo e absoluto, do triénio, opondo-se a 13,5 por cento em 1964 e a 32 por cento em 1965, verificando-se, contudo, um aumento de 63 por cento em relação ao. registado em fins de 1963, o que não pode deixar de merecer especial atenção quanto às directrizes a tomar no que toca ao futuro. Investimento e financiamento O projecto do III Plano de Fomento, para 1968-1973, aponta medidas de carácter imperativo e indicativo, competindo o cumprimento das primeiras ao sector público e o das segundas ao sector privado.

Quanto às primeiras, conhecidas as disponibilidades oferecidas no referido projecto, poderá o Governo determinar a sua efectivação pela ordem de prioridade que julgar mais conveniente e de projecção mais rápida; mas, quanto às segundas, não há possibilidade de as pormenorizar e avaliar com antecedência, pois dependem das mais variadas circunstâncias afins às actividades privadas, entre as quais tem papel importante, o ritmo da formação de capital, do crédito bancário a curto e a longo prazo, dos reflexos económicos vindos do exterior, dos recursos naturais que possam utilizar, do espírito de iniciativa dos comerciantes e da força dos elementos de trabalho de que possam dispor, tornando-se, quanto a estos, de fundamental importância o seu nível de preparação, e dos problemas ligados à saúde.

Portanto, no que toca às medidas a encarar pela Administração com carácter prioritário e das quais viriam a beneficiar as actividades comerciais, deveriam considerar-se as seguintes:

Construção de novas estradas e conservação das existentes com o alargamento da faixa de rodagem, quando seja caso disso, para satisfazer o seu movimento;

Melhoria dos serviços dos caminhos de ferro quanto à forma da sua prestação, tornando mais rápida a entrega no destino do que lhe é confiado para ser