tos de interligação de transportes -portos e aeroportos-, se apresentam directrizes de providências e intervenções, e que aí se não detêm apenas para marcar a posição de entenderem que, não se estando perante instrumentos contrários, não é agora disso que dependem as realizações e desejarem que este facto não possa prestar-se a dúvidas, por modo a evitar a criação de ilusões sobre onde está a mola real.

Na verdade, o que fundamentalmente importa são os fins a atingir, e para os vir a alcançar são antes de tudo necessários, em geral, mentalização e, em particular, homens de qualidade. O modo por que se caminha vem por acréscimo, em resultado até de um plano de desenvolvimento ser naturalmente activo quanto a medidas de política conducentes à realização dos considerados objectivos.

Os investimentos que de seguida se destacarão são, para além dos a custear em autofinanciamentos directos, aqueles a que as subsecções começam por atribuir primeira prioridade e consid eram contidos no admitido quadro de compressão e concentração. E oxalá venham a poder ser progressivamente acrescentados.

investir-se quanto necessário na via, nas estações, no material circulante e noutro equipamento, fazendo acompanhar esta progressiva transformação técnica de uma também progressiva preocupação comercial.

Quando no plano da concorrência a posição da apontada evolução o aconselhar, julgam as subsecções ser do maior interesse que num ou mais nós da linha Lisboa-Porto se ensaie o estabelecimento de gares-centros, que, como sabido, promovem, através do concurso da camionagem, a transformação de um serviço linear em serviço de superfície; tudo dentro do conceito de que a economia dos transportes ferroviários e dos rodoviários exigirá cada vez mais formas de associação.

E, no mesmo caminho da renovação global, consideram naturalmente de destacar também, além do investimento correspondente à cobertura do que vem do anterior, o investimento imposto por motivos de segurança, quer no reforço da infra-estrutura, quer na renovação da via, quer na substituição do material cir culante, e consideram de destacar ainda o investimento relativo ao prolongamento do eixo Lisboa-Porto até Braga, para norte, e até Faro, para sul, e às ligações fundamentais a este eixo. Tal como no capítulo do projecto em apreciação, também as subsecções consideram de destacar, em primeiro lugar, o investimento correspondente ao plano coordenador da construção de estradas nacionais com o plano de viação rural, por modo a promover-se, como é vital, a interligação de todas as parcelas do território.

Seguidamente, visando a indústria do turismo, consideram as subsecções que na rede rodoviária nacional são de destacar os investimentos necessários para os grandes itinerários de tráfego internacional e para o acesso ao Algarve em continuação da ponte sobre o Tejo.

Os mencionados grandes itinerários são os que asseguram as ligações internacionais através de Vilar Formoso - estrada internacional n.º 3, abrangendo as estradas nacionais n.ºs 1, 17 e 16, e, como variante, estrada internacional n.º 51, abrangendo a estrada nacional n.º 16-, Caia -estrada internacional n.º 4, abrangendo as estradas nacionais n.ºs 10 e 4-, Valença -estrada internacional n.º 50, abrangendo as estradas nacionais n.ºs 1 e 13- e Vila Verde de Ficalho- estrada internacional n.º 52, abrangendo as estradas nacionais n.ºs 10, 5, 120, 259, 121 e 260; e o objectivo é o de prosseguir intensamente a modernização das correspondentes estradas nacionais.

O indicado acesso ao Algarve compreende, até Grândola, percursos nas indicadas estradas internacionais n.ºs 4 e 52 e, daí para sul, parece que poderá assentar sobre a modernização da estrada nacional n.º 120, por um lado, e das estradas nacionais n.ºs 259 e 2, por outro, ou, preferivelmente, sobre uma estrada de certo modo intermédia e praticamente nova, porventura apoiada em parte na estrada nacional n.º 264; e é completado pela estrada marginal barlavento-sotavento, fundamentalmente através da modernização da estrada nacional n.º 125.

Entre os parâmetros da referida modernização parece efectivamente dever estar o de progressivamente se caminhar para quatro faixas nos troços em que o tráfego o vá justificando.

As subsecções registam a sua concordância com a não consideração para o efeito de auto-estradas, por isso que pelo menos por enquanto não julgam possam ter entre nós generalização sensível.

Na verdade, para além das auto-estradas de libertação dos grandes centros urbanos, as auto-estradas de ligação só se justificam para grandes tráfegos. E isto porque o seu custo é muito elevado, com o consequente reflexo na portagem, mesmo que se aceite que esta só deve cobrir uns dois terços do encargo, por se admitir que o remanescente se dirige a um benefício que ultrapassa o interesse directo dos utentes para se projectar no da colectividade.

Anota-se que o solo de rentabilidade parece ser o da uma média anual de 12 000 veículos por dia. Ora estamos ainda, na generalidade, muito longe de tráfegos daquela ordem e, portanto, do conceito de uma rede de auto-estradas. Mas não haverá nisso só desvantagem, uma vez que, dirigidos agora como estamos ao turismo, se possibilita ao longo dos trajectos o fácil acesso e consequente contacto com as vilas e aldeias e sua gente, cujo carácter é precisamente um dos nossos mais específicos factores de valorização turística. Em termos da concessão, as subsecções consideram de destacar o investimento

necessário à conclusão da 1.ª fase da rede do metropolitano de Lisboa - prosseguimento da linha n.º 1, Anjos-Areeiro-Alvalade, e instalação da linha n.º 2, Alcântara-Rossio-Madre do Deus. Na verdade, só aquando dessa conclusão, com a estação Rossio na figura funcional de placa giratória, esta rede se constituirá no visado esqueleto-base do sistema de coordenação de transportes, com toda a sua potencialidade.