Em 1966, passaram no aeroporto de Lisboa 11040 aviões comerciais, com um tráfego desembarcado de 483 428 passageiros, 3 729 134 kg de carga e 1 120 913 kg de correio, um tráfego embarcado de 497 528 passageiros, 2 599 787 kg de carga e 1 206 789 kg de correio, e 246 783 passageiros em trânsito.

Estes números, que já são significativos, atestam II indispensável intensificação dos considerados melhoramentos visando o estacionamento dos aviões e a movimentação dos passageiros, e, por isso, as subsecções consideram de destacar o necessário investimento. Isto, sem deixar de ter-se presente o que a seguir referem.

Avizinhando-se a entrada em serviço, primeiro, dos aviões gigantes e, depois, dos aviões supersónicos, urge tomar posição sobre o desdobramento do aeroporto de Lisboa.

É evidente que sem a oferta para tempo oportuno de um aeroporto adaptado às novas exigências operacionais não poderão estabelecer-se rotas que o incluam. Mas é também evidente que a Visando a satisfação de reconhecidas necessidades, prevê-se no sexénio a instalação de cerca de 420 000 postos telefónicos e de 3000 postos telex.

Assim, em 1973 a densidade de postos telefónicos por 100 habitantes passará a 11, e a de postos telex por 100 000 habitantes a 38.

Em conformidade, as subsecções consideram de destacar o investimento necessário, em remanescente do autofinanciamento, à prossecução do indicado objectivo, no desenvolvimento das telecomunicações. Em meteorologia, incluindo actividades de geofísica, é de promover-se a actualização do apetrechamento em material técnico-científico, a mecanização no processamento dos resultados das observações e a execução de indispensáveis estudos de base e trabalhos de investigação nos campos da hidrometeorologia, da climatologia e da sismologia.

Assim, as subsecções consideram de destacar o correspondente e necessário investimento.

III Em conclusão, as subsecções consideram de aprovar o programa sectorial de transportes, comunicações a meteorologia do projecto do III Plano de Fomento (1968-1973), corri as reservas formuladas e começando por atribuir primeira prioridade aos investimentos destacados.

João Pedro Neves Clara.

Mário Malheiro Reymão Nogueira.

Armando Jorge Coutinho.

José Manuel da Silva José de Mello.

Custódio Ferreira de Figueiredo.

João Pedro da Costa.

José Frederico do Casal Ribeiro Ulrich.

José Mercier Marques.

Herculano Amorim Ferreira.

Francisco de Mello e Castro, relator. [Para além de tudo quanto se referiu e se contém no quadro geral de desenvolvimento, desejo deixar uma palavra sobre o que julgo sejam certas exigências de Lisboa como capital, com a inerente projecção nacional.

Começo por referir que de há muito se aguarda a conclusão da obra marítima, no próprio centro da cidade, entre o Terreiro do Paço e o Cais do Sodré, em zona eminentemente de logradouro, obra que entendo impor-se a todos os títulos e por isso considero dever promover-se a sua ponderação. Seguidamente, menciono que a vida de relação da cidade com o porto, e portanto a fruição do Tejo, está gravemente afectada pelo serviço suburbano da linha de Cascais. Visando o desaparecimento desta autêntica cortina e presente a coordenação de transportes urbanos e suburbanos, considero desde já de ponderar também, no nó ferroviário de Lisboa, a instalação da linha de Benfica à Cruz Quebrada, pelo vale do Jamor, com u consequente concentração na estação do Rossio de tráfegos suburbanos das linhas de Cascais e de Sintra. Dentro da referida coordenação, a estação do Rossio, a destinar exclusivamente a serviços daquelas duas linhas (em consequência, os outros serviços a não considerar na estação do Rossio e o que nos citados serviços suburbanos poderá vir a não o ser deverão considerar-se em nova estação e, eventualmente, na de Santa Apolónia, dentro do previsto), fica ligada em circulação de pessoas à estacão Rossio do metropolitano, através de um sistema de galerias subterrâneas; e, para comodidade dos utentes da linha de Cascais com destino ou o rigem na zona ocidental da cidade, a linha marginal do metropolitano deverá prolongar-se de Algés à Cruz Quebrada, para aqui permitir a conveniente transferência. Porque a referida concentração se oferece como inteiramente viável - através das necessárias adaptações para a movimentação dos comboios (à frente das quais a generalização da energia de tracção para 25 000 V, corrente alternada, 50 períodos) e dos passageiros -, considero que a ponderação do caso deverá efectivamente fazer-se desde já, dada a proximidade de 1976, data em que, na conformidade do concessionado, cessam os vínculos da situação presente, ria sua forma actual.

Por último, registo que a zona marginal de Belém foi, no seu extremo jusante, libertada em 1950 de uma fábrica de gás. Agora, em natural exploração do referido quanto ao desaparecimento da cortina ferroviária, entendo de vir a libertar-se