externa é deliberadamente aceite ou até acentuada.
Também na repartição do investimento pelos grandes sectores, enquanto alguns países põem em evidência a produção, outros acentuam os serviços (nomeadamente os de carácter social) e ainda outros consagram percentagens muito importantes às infra-estruturas.
Igualmente o balanço entre o produto agrícola e industrial difere largamente de país para país. Existe bastante semelhança na produção atribuída aos sectores de energia, transportes e construção, aliás como resultado das necessidades geradas pelo aumento de investimento e produção da parte restante da economia. Mas na agricultura e minas, os objectivos de exportação comandam os planos, bem como, no primeiro sector, a finalidade da produção de alimentos para substituir importações.
Quanto ao sector externo, alguns países orientam-se decididamente para as exportações, mas a maioria aceita que o peso relativo destas diminua durante o período do Plano; igualmente, na maior parte, se aceitou ou procurou uma diminuição de valor das importações no abastecimento nacional, mas também há casos em que se admite aumento relativo nessa dependência das importações.
Uma tentativa de classificação da problemática do planeamento poderia levar ao seguinte agrupamento:
Com redução da percentagem de dependência dos recursos externos - exemplos: Tunísia, E. A. U. e Senegal;
Com aumento da percentagem de dependência dos recursos externos - exemplo: Tanzânia.
Com redução ou manutenção da percentagem de dependência dos recursos externos - exemplos: Quénia e Ghana;
Com aumento de percentagem de dependência dos recursos externos - exemplo Etiópia.
Com redução ou manutenção de percentagem de dependência dos recursos externos - exemplos Nigéria, Sudão.
Em primeiro lugar, pela instabilidade política, e pela carência administrativa. Golpes de estado, guerras civis, perseguições raciais ou religiosas, conflitos entre Estados, desintegração interna, são o panorama corrente da África ao Norte do Zaire, do Zambeze e do Rovuma.
Por outro lado, a agricultura constitui ainda o sector dominante da economia desses países. O seu desenvolvimento e melhoria impõe-se; mas factores sociais e métodos de produção obsoletos não são elimináveis a curto prazo, e as produções agrícolas de exportação lutam con tra um mercado internacional cada vez mais desfavorável - nas cotações correntes e na concorrência movida por produtos sintéticos. Por sua vez, a industrialização é normalmente preferida pelos planeadores locais como símbolo do progresso e prestígio; mas a falta de quadros, de mão-de-obra especializada e, acima do mais, as reduzidas dimensões dos mercados internos, até como resultado do baixo poder de compra de uma população ocupada numa agricultura tradicional de subsistência, inutilizam ou amortecem os esforços neste sector.