Representa, portanto, um programa médio de 700 km por ano, ao custo unitário médio de menos de 440 contos/km, o que é perfeitamente viável desde que os projectos sejam convenientemente elaborados e se estabeleça a necessária concorrência entre empreiteiros qualificados.

152. O quadro XXXII actualiza, com os dados de 1966, os elementos constantes do projecto quanto ao movimento do caminhos de ferro:

Movimento dos caminhos de ferro

Estes números são apenas um dos sintomas da crise grave que afecta os caminhos de ferro de Angola - com excepção do de Benguela - e que está sendo objecto de medidas por parte da Administração, umas a curto prazo, outras de fundo. O que é certo é que a exploração é deficitária nos caminhos de ferro do Estado e no do Amboim (neste o déficit é coberto pelas receitas do porto e pelo subsídio de facto que o Estado paga como garantia de juros a que se obrigou em termos legais). Caminho de ferro de Luanda: (300000 contos), sendo:

Todos os empreendimentos e aquisições estão convenientemente justificados e merecem aprovação.

b) Caminho de ferro do Amboim: 3600 contos, correspondendo a pequenas reparações destinadas a suportar a precária exploração actual.

c) Caminho de ferro de Benguela: a situação na África Central contribui para o aumento de tráfego e, sobretudo, de carga rica nesta via fundamental para o Congo e para a Zâmbia, que, assim, atravessa um período próspero, mas sujeito às incertezas do futuro.

A distribuição dos investimentos previstos (548 000 contos) é a seguinte:

Presume-se que a principal parcela se destina à construção da chamada variante do Cubai, que muito melhoraria a exploração, mas que não deverá ser empreendida antes da obtenção de garantias suficientes de continuidade do tráfego. Caminho de ferro de Moçâmedes: além dos melhoramentos introduzidos nos últimos anos em função do projecto mineiro de Cassinga, estão previstas dotações no valor total de 70 000 contos, com a seguinte-distribuição:

Todos os empreendimentos e aquisições se consideram justificados.

Como já se anotou, a linha de Moçâmedes vai assegurar o transporte de 5 a 5,5 milhões de toneladas de minério de ferro por ano.

153. Tornando ao subsector de portos e navegação, actualizam-se também, com os dados de 1966, os elementos referentes ao movimento dos principais portos da província (quadro XXXIII).

Movimento dos principais portos