Registam-se a seguir alguns elementos de maior interesse: Ensino primário:

Instalação de 74.2 postos escolares e 158 escolas primárias com 4 salas de aula cada uma, permitindo a admissão de 109 920 alunos, a que há a adicionar mais 60 050 das missões religiosas e escolas das unidades militares.

Formação de 3000 professores e 1800 monitores escolares.

Criação de 117 escolas de artes e ofícios, para 9400 alunos.

Construção de liceus com capacidade para 7000 alunos, preparação, recrutamento e atracção de professores. Os novos liceus distribuir-se-ão por Carmona, Luso, Salazar, Novo Redondo e Cabinda.

Construção de escolas industriais e comerciais, de uma escola industrial e de uma escola técnica elementar; uma escola prática de agricultura e três escolas elementares de agricultura; uma escola de pesca (em Moçâmedes).

Cursos de formação profissional acelerada nas escolas técnicas. Ensino médio:

Construção e apetrechamento de um instituto industrial, um instituto comercial e uma escola de regentes agrícolas, além de escolas de magistério primário. Ensino superior:

Construção de instalações para os Estudos Gerais Universitários. Problemas de juventude:

Construção de lares e pousadas de estudantes. Criação de clubes da juventude junto de estabelecimentos de ensino secundário. Na investigação ligada ao ensino destinou-se uma pequena verba (5000 contos) para apoio da investigação, sobretudo pura, a efectuar nos Estudos Gerais Universitários. O comentário a fazer é de que parece uma dotação demasiado modesta. Propõe-se que a investigação não ligada ao ensino absorva uma verba importantíssima: 685 900 contos. Convém, portanto, dedicar-lhe alguma atenção.

No sector da cartografia geral, diz-se que os objectivos visados são a conclusão da carta 1:100 000 e 1:250 000, com excepção da parte a sul do paralelo 12º e a leste do meridiano 18º (E. G.), e a preparação de cartas parciais de interesse cadastral das áreas da província mais densamente povoadas.

Convém esclarecer a redacção que, tal como se apresenta, não é compreensível.

A dotação prevista é de 90 000 contos.

Quanto à carta geológica, diz-se estar concluída para 192 000 km2 (15,3 por cento do território) e que falta concluir para 1 054 000 km2. Não estão muito bem definidos os objectivos nem o modus faciendi.

Fala-se na recolha de elementos geológicos para, pelo menos, 50 por cento do território, e colhe-se a impressão de que serão os serviços públicos a executar o trabalho, mediante um investi men to de 139 000 contos. Será esta a política certa? Não sairia mais económico e rápido adjudicar o mesmo a empresas especializadas? A Câmara acentua que parece indispensável constar da redacção final do Plano um mais completo esclarecimento da orientação formulada.

Quanto à hidrologia, em que tanto há a fazer e com enorme interesse, só se lamenta a não apresentação de programas concretos para a aplicação dos 24 000 contos indicados.

Na meteorologia (33 000 contos) mais uma vez se misturam objectos de rotina com outros que podem ser classificados como de investigação (aperto da malha no levantamento geomagnético, ampliação da rede de estações solari gráficas, estudos hidrometeorológicos e preparação de atlas climo-hidrológico). Já anteriormente se não perfilhou esta orientação.

A investigação aplicada à agricultura propõe-se absorver uma verba importante (104000 contos), destinada à conclusão da carta geral dos solos, ao Instituto de Investigação Agronómica de Angola (cujos programas de actuação vêm devidamente apresentados e documentados) e ao recém criado Instituto de Investigação Veterinária. É tão importante esta actividade, se for bem orientada, que não se oferecem dúvidas quanto à sua aprovação, sugere-se, contudo, que se verifique se não haverá duplicação quanto a alguns aspectos em relação ao programa do sector de agricultura, silvicultura e pecuária.

A maior dotação deste subsector (150 000 contos) é destinada aos estudos referentes à biologia piscatória e à pesca experimental. É muito dinheiro e há que ter a certeza de que será utilmente aplicado, pelo que expressamente se recomenda uma cuidada supervisão.

O Laboratório de Engenharia de Angola, ao qual são destinados 32 200 contos, tem já uma obra que honra os técnicos da província. O seu programa de actuação está convenientemente exposto e merece aprovação.

A Câmara Corporativa deseja recomendar, para melhor rendimento dos investimento s feitos neste domínio, que sejam apertados os laços da colaboração com os serviços técnicos da província e firmemente reprimidas as tendências para a criação de pequenos laboratórios em quaisquer deles. Não somos suficientemente ricos para permitirmos a dispersão dê meios e instrumentos de trabalho.

Aos Institutos de Investigação Cientifica e de Investigação Médica foram consignados 12 000 e 21 000 contos, respectivamente.

Quanto ao primeiro, ainda se apresentam alguns elementos dos quais se colhe a impressão de que se visa principalmente instalações e apetrechamento. Quanto ao segundo, nada de concreto se diz, pelo que a Câmara Corporativa entende que a respectiva verba não deve ser utilizada sem conveniente reflexão e exame pelas entidades responsáveis.

Para apoio à documentação cientifica inscreve-se uma verba de 21 000 contos, que também não está adequadamente justificada: fala-se vagamente em instalações e no reforço destinado à manutenção dos centros d e documentação existentes. Recomenda a Câmara, portanto, procedimento idêntico ao caso anterior.

Quanto aos estudos de base (56 700 contos), verifica-se que compreendem fundamentalmente actividades no âmbito da estatística e da economia. Dadas as críticas anteriormente formuladas quanto à falta ou atraso na di-