Assinala-se devidamente o grave problema respeitante a necessidades em pessoal técnico de nível médio e superior.

Chega-se à conclusão de que o número de unidades a recrutar para execução do Plano imperativo atinge 1307 com formação média e 330 com formação superior. Entende-se, contudo, que é viável obter esse pessoal estritamente necessário. O comentário que a Câmara tem a fazer é de que a avaliação das necessidades peca por defeito.

Finalmente, faz-se uma tentativa interessante de divisão da província em estratos de desenvolvimento, em face do balanço das realizações projectadas e da sua localização. Estes elementos, mesmo sob a forma concentrada como são apresentados, afiguram-se de grande utilidade. Passar-se-á seguidamente à análise dos programas sectoriais. Agricultura, silvicultura e pecuária. - Com os elementos constantes do projecto do Plano, organizou-se a seguinte distribuição dos 2 323 266 contos inscritos: Fomento dos recursos agro-silvo-pastoris: Esquemas de regadio e povoamento

Da leitura da parte do projecto do Plano relativa ao sector colhem-se ideias e elementos certamente de grande interesse. Mas também se encontram muitos aspectos pouco claros que levam a Câmara a recomendar que todo o texto é respectivos mapas de investimentos sejam objecto de revisão profunda.

As alterações a introduzir incidem sobre aspectos formais e sobre questões de fundo. Começar-se-á pelos primeiros.

O n.º 1 - «Evolução recente e problemas actuais» - deve passar a ser apresentado, como nos planos das restantes províncias, sob a designação «Evolução recente, situação actual e perspectivas», eliminando-se todas as propostas e medidas de execução relativas ao III Plano, que encontrarão o seu lugar próprio nos números a seguir, a designar por «Objectivos» e «Descrição dos investimentos».

Depois, há que eliminar, quer do texto, quer dos mapas, todas as longas referências que ali se encontram deslocadas, por pertencerem a outro sector, nomeadamente as relativas à comercialização de produtos, à investigação aplicada à agricultura e pecuária e ao ensino agrícola.

Por outro lado, há, que ordenar devidamente os assuntos restantes, por forma que, por exemplo, o que diz respeito a esquemas de ocupação baseados no regadio, seja inscrito no segundo subsector, e não no primeiro.

Só assim poderá ter-se um panorama claro e sintetizado do que pretende fazer-se. Mais graves e difíceis de corrigir são os aspectos de fundo. Alguns exemplos:

Quando há aproveitamento de fins múltiplos de rios, deve figurar neste sector a parte que lhe corresponde, mas ser inscrito no sector de energia a que a este diz respeito.

Por outro lado, devem figurar nos programas não apenas os empreendimentos a cargo do Estado, como aqueles para os quais existem elementos de informação, embora do campo de iniciativa privada. É o caso das duas novas açucareira, em que será fácil obter e inscrever os investimentos correspondentes. E nos mapas de investimentos, a exemplo das outras províncias, não tem de figurar empreendimentos que não envolvem despesas, embora possam inscrever-se por memória empreendimentos cujas despesas não foi possível quantificar. Passando ao pormenor e seguindo, por comodidade, o quadro de distribuição anteriormente apresentado, há também observações a fazer. Começa-se pelo subsector de fomento dos recursos agro-silvo-pastoris.

Principia por aparecer urna verba de 27 152 contos, destinada à informação estatística, sem conveniente justificação. Salvo melhor opinião, deve ser retirada e inscrita na rubrica «Estudos de base», do sector de investimentos, a menos que se apresentem razões que contrariem esta orientação.

Passando ao fomento agrícola, a Câmara nota com apreço a preocupação em quantificar vários aspectos de desenvolvimento de rubricas principais, e mesmo de fixar metas a atingir. É caminho certo, que também se tentou no campo da pecuária.

Nada a opor às verbas indicadas para o algodão, caju, milho, banana, citrinos e plantação de resinosas, embora se apreciasse que fossem dadas mais pormenores sobre o modo como se pretende levar a efeito os programas respectivos.

Entende-se que, se não puderem ser quantificados os respectivos investimentos, devem figurar nos mapas por