A sistematização dos empreendimentos e investimentos dispersos conduz ao seguinte esquema:

(a) A designação oficiai é diferente.

Quanto ao subsector educação, não se opõe objecção ao quantitativo, mas regista-se que do texto do Plano deve constar justificação quantitativa e qualitativa que falta quase totalmente.

Quanto à investigação ligada ao ensino, deve inscrever-se uma verba, pelo menos da mesma ordem da indicada em Angola, que permita uma actividade que será certamente útil se for bem orientada.

Quanto à investigação não ligada ao ensino, observa-se que se propõem cerca de 500 000 contos e que o próprio montante desta dotação exigiria, naturalmente, uma explanação pormenorizada da forma como virá a ser empregada. Isso não foi feito, ou foi feito insuficientemente, em vários aspectos importantes. E omitiram-se outros (exemplo: Laboratório de Ensaios de Materiais e Mecânica do Solo) que, pela sua projecção técnica e económica, mereceriam ser considerados.

Quanto a cartografia geral e especial, parece ser tempo de dotar convenientemente esta actividade, tão importante e de que, sob pretextos vários, não se completaram os programas formulados. Por isso se propõe que a respectiva dotação seja aumentada de 58 000 para 82 500 contos, valores constantes do projecto, para se terminarem as cartas contempladas no programa. Adiante se indicará a contrapartida.

Para cadastro mantém-se a verba proposta de 15 000 contos.

Para a carta geológica também se mantêm os investimentos propostos (82500 contos), aplaudindo-se a orientação de confiar a execução dos trabalhos a empresas especializadas, o que vem reforçar as considerações feitas a propósito do programa de Angola.

A dotação de hidrologia, desde que seja bem administrada, não merece qualquer objecção. É investimento largamente rentável a médio prazo.

Quanto à meteorologia, mais uma vez se verifica a falta de segurança entre actividades de rotina e de investigação. Propõe-se a redução da respectiva dotação de 32 000 para 18 700 contos, eliminando 13 300 contos considerados como propostos para act ividade de rotina.

Sobre a investigação aplicada à agricultura e pecuária, esclarece-se que não é fornecida justificação aceitável para a verba de 70 000 contos requerida para investigação agronómica, talvez pela recente criação do órgão respectivo, cuja redução para 35 000 contos se propõe, sujeita a aprovação de programas válidos de investigação. Essa verba seria eventualmente aumentada se o desenvolvimento dos objectivos e meios o viesse a aconselhar.

O programa de investigação veterinária vem mais pormenorizado, mas dele há que eliminar 5800 contos dos ensaios de adaptação do búfalo da água (assunto que há anos se arrasta sem qualquer utilidade prática) e 450 contos para ensaios de adaptação do carneiro-caraculo, destinados a viagens de um técnico, pois a este respeito é aconselhável aguardar os resultados do que se está a fazer em Angola.

Considerando o investimento de 114 000 contos propostos para estudos de biologia piscatória e pesca experimental e comparando com os investimentos programados para o respectivo sector (zero), conclui-se imediatamente que qualquer coisa não está certa. Por outro lado, o respectivo programa vem formulado em termos talvez demasiadamente técnicos, o que dificulta a sua apreciação. Por isso e tendo sobretudo em atenção o atraso já verificado no lançamento das respectivas actividades de investigação, propõe-se a redução da dotação para um valor mais ajustado às possibilidades: 90 000 contos, e isso mesmo sujeito à aprovação superior do respectivo programa.