ordem dos 4 milhões de contos e encomendas à indústria nacional da ordem dos 2,5 milhões de contos.

Os condicionamentos impostos pelo recurso ao Banco Mundial podem implicar porém, uma menor protecção à indústria nacional nos fornecimentos futuros ao sector eléctrico.

Sr. Presidente: Nos últimos vinte anos, pôs-se em pé uma grande obra de electrificação, graças ao impulso e apoio do Governo.

O valor das instalações eléctricas de produção, transporte e distribuição ultrapassam já os 18 milhões de contos.

O elevado ritmo de descimento dos consumos de energia eléctrica faz com que eles estejam a duplicar em períodos compreendidos entre os 7 e os 10 anos o que significa que nesse espaço de tempo quase temos, que duplicar a capacidade de todas as instalações existentes.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Isto dá a VV. Exas. e à Nação a ideia da expansão contínua desta infra-estrutura e da necessidade permanente de novos e volumosos investimentos no sub-sector eléctrico.

Antes de chegar ao fim da minha intervenção, quero salientar o grande interesse com que apreciei o valioso parecer geral da Câmara Corporativa sobre o projecto do III Plano de Fomento (continente e ilhas). Ao ilustre relator, Prof. João Lima de Almeida Garrett, dirijo, por isso, desta tribuna uma palavra de merecido apreço.

O III Plano de Fomento económico e social é um grande programa de acção que, directa ou indirectamente, interessa a todos os portugueses.

A sua realização terá de ser por isso obra colectiva, todos devem nele colaborar, a fim de lhe dar em cumprimento e realidade.

Ainda temos na lembrança as palavras com que o Chefe do Governo terminou o seu imemorável discurso sobre o I Plano de Fomento.

Não devemos ser imodestos ao considerar, lançar e executar o novo Plano para os próximos seis anos. Mas poderemos sentir orgulho em afirmar que é filho dos mesmos princípios e se integra no nobre pensamento de alcançar não com frases literárias, mas com realidades concretas e atingíveis, para cada braço uma enxada, para cada família o seu lar, para cada boca o seu pão.

Ora o III Plano de Fomento para o hexénio 1968-1973 é filho dos mesmos princípios e integra-se no mesmo nobre pensamento de distribuir os seus frutos por todos os portugueses.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Presidente: - Vou encenar a sessão.

Não tenho que marcar ordem do dia porque ela está marcada no instrumento de convocação desta sessão extraordinária. De sorte que a discussão continua amanhã naturalmente sobre essa ordem do dia, à hora regimental.

Está encenada a sessão.

Eram 18 horas e 20 minutos

Srs. Deputados que entraram durante a sessão

António José Braz Regueiro

Carlos Monteiro do Amaral Neto.

Francisco José Roseta Fino

Gonçalo Castel-Branco da Costa de Sousa Macedo Mesquitela.

Hirondino da Paixão Fernandes

José Dias de Araújo Correia

Júlio Alberto da Costa Evangelista

Raul Satúrio Pires

Sérgio Lecercle Sirvoicar.

Srs. Deputados que faltaram à sessão

Agostinho Gabriel de Jesus Cardoso

Alberto Henriques de Araújo.

Antão Santos da Cunha

António Maria Santos da Cunha

Artur Alves Moreira

Augusto César Cerqueira Gomes

D. Custódia Lopes

Fernando Afonso de Melo Giraldes

Horácio Brás da Silva

Jaime Guerreiro Rua

Joaquim José Nunes de Oliveira

José dos Santos Bessa

Manuel Amorim de Sousa Meneses

Manuel Henriques Nazaré

Manuel João Correia.

Rafael Valadão dos Santos