nacionalidades diversas, mas não aparecendo lá nenhum português, o que não abona nada a favor dos nossos técnicos da especialidade, que os temos por cá, e bons. Só que não são «impostos» para tais .estudos, em que intervieram alemães, austríacos, belgas, dinamarqueses, espanhóis, franceses, gregos, holandeses, ingleses, italianos, japoneses, norte-americanos, noruegueses, suecos e suíços!

Mas, voltando ao caso das nossas estatísticas, desejo pedir ao Sr. Ministro das Finanças que promova uma «dotação» forte e urgente a favor do Instituto Nacional de Estatística, dada a característica que, pela recente reforma, lhe está cometida quanto a abranger todo o espaço português. Se me é permitido, direi mais uma vez: não nos podemos dar ao luxo de não termos estatísticas amplas e atempadas!

Sr. Presidente: Na alínea c) do artigo 16.º da proposta de lei diz-se que, em matéria de política de investimentos, o Governo dedicará a sua atenção a empreendimentos destinados à val orização local e à elevação do nível de vida das respectivas populações.

Por ocasião dos debates sobre o III Plano de Fomento tive ocasião de promover algumas considerações acerca da necessidade de serem extirpadas disparidades económico-sociais entre as várias regiões do País. Os números que mo foi dado apresentar em achega aos apresentados no projecto parece-me que foram suficientes para se mostrarem os inconvenientes dessas disparidades, a par da referida necessidade da sua extirpação, o que me leva a considerar que será um tanto utópica a. pretensão de se elevar o nível de vida das populações de tal carecidas sem II implantação de indústrias com boa localização, para crescimento das próprias actividades primárias e terciárias. ao amparo de uma interconexão louvável de esforços de interesse mútuo, pondo-se fim a preferências territoriais duvidosas e a actividades agrícolas restringidas nos seus «anseios» em si por regime t abo indesejável e na sua industrial seja considerada «custo de exercício» e se simplifiquem de vez as formalidades fiscais; que se formulem providências que reactivem o mercado de capitais entre nós, mesmo com o recurso ao crédito externo; que se dê ao estudo de peritos, nacionais e estrangeiros, de reputação firme, o caso da solução imperiosa do mecanismo dos pagamentos interterritoriais do Estado Português; que se outorguem fortes e urgentes meios de actuação ao nosso Instituto Nacional de Estatística, e, que tudo se faça no sentido das melhorias económico-sociais das regiões carecidas delas.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Augusto Simões:-Sr. Presidente: Um novo ano se aproxima, o que torna necessário, segundo a lei fundamental, que ao Estado se concedam os poderes para cobrar as receitas e satisfazer as despesas do País, continuando a vida nacional, que não pode sofrer paragens ou atardamentos na primordial obrigação de sobrevivência que se nos impõe.

Ainda no ano próximo ocuparão a escala cimeira das despesas os encargos com a defesa nacional, designadamente os que visam à salvaguarda da integridade territorial, segundo se propõe na base IV da proposta de lei que contém os princípios de autorização dos meios para esse período.

Não podia o Governo proceder de forma diferente e relegar para qualquer outro plano a satisfação das despesas que se apresentam como essenciais e irrecusáveis si plena consciência da Nação.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Afirmámo-nos, então, como elementos muito valiosos entre os povos civilizadores do Mundo e temos multiplicado ao longo dos nossos séculos de vida os exemplos de honradez e dignidade no convívio internacional.

Mas a ambição de hegemonia acabou por conduzir os povos ao desvario e, então, talvez por castigo providen-