que esta contribuiu «bem mais como uma fonte de ensinamentos colhidos durante o seu largo período de vigência do que, pròpriamente, como modelo que se mantém depois de. devidamente adaptado».

Sem desejar de forma alguma alongar-me, nem, sobretudo, entrar na apreciação da especialidade, para o que me sentiria completamente destituído de competência e portanto, de autoridade, não quis, repito, deixar de trazer a esta tribuna o parecer de quem, dentro das suas possibilidades e no enquadramento de funções que foi chamado a exercer, está sempre atento a tudo quanto possa servir os superiores interesses da Nação.

Como membro da Assembleia Nacional, entendi sor meu dever estudar o assunto c, dentro do campo restrito do meu poder de análise, pronunciar-me sobre a proposta de lei agora em discussão.

Como as emendas sugeridas pela Câmara Corporativa não alteram o seu sentido de actualização, nem mesma muitas das inovações preconizadas, e, pelo contrário, lhes dá, quanto a mim, uma fórmula que parece enquadrar-se ainda melhor nas necessidades da Nação, não esquecendo nunca - como é evidentemente natural -, o momento em que o País se debate, entendo poder dar, em plena consciência, o meu voto à proposta de lei, com as emendas preconizadas e, desde já o afirmo, com quaisquer outras que a Assembleia Nacional venha a entender dever introduzir, desde que, claro está, elas não afectem ou alterem aquilo que em meu entender, serve os supremos interesses nacionais, em todas as circunstâncias e até em todas as emergências, sem que para tanto tenhamos de esquecer, ou, pelo menos, de cuidar dos interesses daqueles que, constituindo o Portugal de amanhã, o devem servir, não só através da lei do serviço militar, mas também da lei da vida que escolheram para se tornarem indivíduos úteis ao progresso técnico e ao desenvolvimento cultural e económico do País. E como uma e outra coisa não são incompatíveis, antes, pelo contrário, se encontram para o robustecimento da Nação, aumentando a sua capacidade criadora e a sua resistência, eu termino; e recordo, apelando para todos aqueles que nunca regateiam o seu esforço, seja qual for o campo em que ele possa vir a verificar-se, as palavras admiráveis do Sr. Presidente do Conselho, ao findar o seu memorável discurso, aquando da homenagem que, em Dezembro findo, lhe foi prestada pelos municípios de Moçambique:

Mas penso que deve ser-se optimista quando só está seguro de fazer durar indefinidamente a resistência. Essa possibilidade é que é a prova da forca e o sinal seguro da vitória, através da qual não queremos senão continuar na paz a Nação Portuguesa.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Presidente: - Vou encerrar a sessão.

A próxima será na terça-feira, 10 do corrente, à hora regimental, sobre a mesma ordem do dia.

Está encerrada a sessão.

Eram 17 horas e 45 minutos.

Srs. Deputados que entraram durante a sessão:

Alberto Pacheco Jorge.

Aníbal Rodrigues Dias Correia.

António Augusto Ferreira da Cruz.

António Calheiros Lopes.

António José Braz Regueiro.

Armando Acácio de Sousa Magalhães.

Armando Cândido de Medeiros.

Armando José Perdigão.

Artur Alves Moreira.

Augusto Salazar Leite.

Fernando Afonso de Melo Giraldes.

Henrique Ernesto Serra dos Santos Tenreiro.

Hirondino da Paixão Fernandes.

João Duarte de Oliveira.

João Ubach Chaves.

José Alberto do Carvalho.

José Dias de Araújo Correia.

José Gonçalves de Araújo Novo.

José Guilherme Bato de Melo e Castro.

José de Mira Nunes Mexia.

José Rocha Calhorda.

Leonardo Augusto Coimbra.

Luís Folhadela Carneiro de Oliveira.

D. Maria Ester Guerne Garcia de Lemos.

Martinho Cândido Vaz Pires.

Rogério Noel Peres Claro.

Sebastião Alves.

Srs. Deputados que faltaram à sessão:

Agostinho Gabriel de Jesus Cardoso.

Albano Carlos Pereira Dias de Magalhães.

Alberto Henriques de Araújo.

Albino Soares Pinto dos Reis Júnior.

Aulácio Rodrigues de Almeida.

D. Custódia Lopes.

Elísio de Oliveira Alves Pimenta.

Gonçalo Castel-Branco da Costa de Sousa Macedo Mesquitela.

Jaime Guerreiro Rua.

Joaquim José Nunes de Oliveira.

José Coelho Jordão.

José enriques Mouta.

José Manuel da Costa.

José Pinheiro da Silva.

José dos Santos essa.

Júlio Alberto da Costa Evangelista.

Manuel Henriques Nazaré.

Manuel João Correia.

Manuel Lopes de Almeida.

Rafael Valadão doa Santos.

Raul Satúrio Pires.

Rui Manuel da Silva Vieira.

Tito Lívio Maria Feijóo.