Certificados de aforro. - Por portaria do Ministério das Finanças de 16 de Dezembro de 1965, publicada no Diário do Governo n.º 3, de 5 de Janeiro de 1966, foi a Junta do Crédito Público autorizada a emitir, durante o ano de 1966, certificados de aforro da série A, até ao montante de 50 000 contos. Ficavam assim criadas as condições que permitiriam dar continuidade ao longo da gerência de 1966 às operações de aforro iniciadas em 27 de Abril de 1961, mantendo-lhes as mesmas características.

Os sorteios iniciados em Junho de 1962, ao abrigo da Portaria n.º 19 151, de 27 de Abril de 1962, do Ministério das Finanças, prosseguiram em 1966, tendo-se realizado quatro sorteios, respectivamente em 31 de Março, 30 de Junho, 30 de Setembro e 30 de Dezembro, com a atribuição em cada um deles de 33 prémios, constituídos por certificados de aforro com o valor facial global de 200 000$, sendo: 1 prémio de 100 000$, 1 prémio de 30 000$, 1 prémio de 20 000$, 5 prémios de 5000$ e 25 prémios de 1000$. O montante anual de prémios foi, portanto, de 800 000$.

O quadro IV dá a conhecer, relativamente à gerência de 1966 e classificados segundo os quatro diferentes valores faciais, os valores dos certificados de aforro emitidos, compreendendo as quantias recebidas em numerário e em estampilhas, bem como o valor de certificados atribuídos a título de prémios. O quadro mostra também os montantes pagos por amortização e os convertidos em renda vitalícia e permite a comparação com os movimentos registados em 1964 e 1965.

Certificados de aforro

(Valores em contos)

(a) Esta quantia corresponde aos certificados omitidos por requisições registadas até 31 de Dezembro de 1966, mas diverge no montante que a Junta creditou na sua conta do Tesouro, por reflexo da falta de coincidência de datas nas operações efectuadas no final das gerências.

Os valores de amortização dos certificados de aforro em circulação eram:

Contos

Na distribuição geográfica dos valores de aquisição dos certificados apurou-se que provieram em percentagem:

Quanto ao número de aforristas, regista-se que era de 11 674 no final do ano de 1963 e que se elevou para 15 871 em 31 de Dezembro de 1964 e para 19 631 e 26 478 respectivamente em 31 de Dezembro de 1965 e de 1966. Destes, apenas 5,9 por cento possuíam individualmente certificados cuja soma de valores faciais excedia 10 000$.

F) Divida externa. - O quadro V regista as quantidades totais de obrigações emitidas das diferentes séries da dívida externa resultante da conversão de 1902 e indica, quanto às que subsistiam em circulação, as variações verificadas em 1966. O quadro descreve também as quantidades de obrigações que em 31 de Dezembro de 1966 estavam incorporadas nos Fundos de regularização da dívida pública e de renda vitalícia.