meiros socorros. Parece-nos de toda a vantagem que a visitadora tenha sempre um curso de enfermagem.

Portugal tem actualmente, em número considerável, edifícios liceais de primeira plana: amplos, de boa construção, com dependências espaçosas, bem situados e dotados de todos os gabinetes, instalações e requisitos exigidos para o ensino.

E de justiça, pois, deixar aqui registada uma palavra de sincero apreço ao Ministério da Educação Nacional, ao Ministério das Obras Públicas e, de modo particular, à Junta das Construções para o Ensino Técnico e Secundário, que neste campo, como em muitos outros, têm levado a cubo excepcionais realizações.

Não são já muitos os liceus do continente e ilhas adjacentes que possam considerar-se mal instalados, a viver em casa imprópria e mal situada, como outrora era uso e costume. Temos até construções liceais de primeira qualidade, de belo traçado, elegantes e robustas, nas quais, por vezes, o granito e o mármore se encontram em harmonia perfeita, construções que nasceram para ficar, para cumprirem o seu destino pelos anos fora e até para perpetuarem a memória de quem com tanta felicidade as concebeu e realizou.

Todavia, embora através dos edifícios em construção e dos que o Ministério espera ver iniciados em 1968 possamos concluir que se caminha a passo firme e decidido para melhorar as instalações do ensino liceal, não foi ainda possível dar a todos os liceus uma casa nova, nem criar liceus em número suficiente para aceitar em regime normal todos os alunos que os procuram; tão-pouco isso se nos afigura fácil, como consequência do elevado custo dos edifícios e mobiliário respectivo e também do aumento sempre crescente da população escolar liceal.

De modo geral, cada edifício, além dos compartimentos destinados à administração escolar, aos professores e aos encarregados de educação, além dos campos de jogos e das dependências destinadas aos alunos durante os intervalos das aulas, dispõe sobretudo de salas de aula, de gabinetes (geografia, ciências naturais, biblioteca), de laboratórios (física e química) e salas especiais (desenho, trabalhos manuais, canto coral, educação física, lavoures). Em regime normal de trabalho cada turma deverá ter a sua sala própria e deverá ter nessa sala todas as aulas que não são consideradas aulas especiais, e estas nos gabinetes e salas destinados a esse fim.

Ora, como já dissemos acima, não tem sido possível aceitar nos liceus, em regime normal de trabalho, todos os candidatos à matrícula, pelo que se tem seguido um de dois caminhos: algumas reitorias têm-se visto obrigadas a utilizar como salas de aula gabinetes, anfiteatros, salas de estar e outros compartimentos geralmente impróprios para tal fim, o que se nos afigura inconveniente, por um lado, porque assim fica impedida a actividade normal dos gabinetes - o que é prejuízo considerável -, por outro lado, porque muitos alunos ficam durante um ano inteiro mal instalados e em condições deficientes de trabalho, o que há-de reflectir-se necessàriamente no rendimento escolar; ...

Vozes: - Muito bem!

população escolar de alguns liceus ou se tem dado satisfação a aspirações de certas cidades e vilas, que assim vêem enriquecida a sua vida local com mais uma instituição de grande interesse.

O estabelecimento de tais secções liceais, mesmo com a criação do ciclo preparatório do ensino secundário, que chegará a todas as localidades mais importantes do País, deverá constituir a 1.ª fase da criação de liceus nas localidades que deles tenham necessidade: é também uma solução simples, prática e económica, até pelas facilidades de instalação que as câmaras municipais costumam conceder para o efeito.

A palavra «secção», todavia, usa-se também dentro do ensino liceal com outro significado. Há liceus mistos com secção feminina e liceus mistos sem secção feminina. A secção feminina dos liceus mistos é fundamentalmente a existência, no mesmo liceu de um quadro docente feminino ao lado do quadro docente masculino. Representa, pois. a possibilidade de as professoras se poderem efectivar nos liceus mistos.

Como já também referimos anteriormente, esperamos que, uma vez que no ensino liceal há mais raparigas do que rapazes e uma vez que a actividade docente liceal é procurada em maior escala pelas senhoras do que pelos homens, todos os liceus de frequência mista passem a ter um corpo docente que comporte um quadro masculino e um quadro feminino.

Vozes: - Muito bem!

iva, para o apetrechamento dos liceus novos e o constante reapetrechamento dos liceus já apetrechados.

Nos liceus, a administração das verbas orçamentais que lhes são destinadas para fazer face às diversas despesas - despesas com pessoal, aquisição e conservação de móveis, conservação do edifício e suas dependências, expediente, comunicações, transportes, etc. - está a cargo de um conselho administrativo, que é presidido pelo vice-