mente se vai registando, será total e ainda a tempo de salvar o que resta d u humanidade, tal como- a concebemos e desejamos manter. Mas nós, que não adormecemos, nós que lutamos valentemente desde o primeiro momento em que fomos atacados, nós que sozinhos, «gloriosamente sós», enfrentámos o inimigo que nos combatia ou traía; nós que tão poucas ajudas temos recebido no decurso desta longa campanha, por isso são mais valiosas as que se registaram, não podemos, sob pena de também trairmos, abandonar a corrida - contra o tempo, em que mão de mestre nos tem sabido conduzir.

Vozes: - Muito bem!

frontal resistência! Sem isso, Sr. Presidente, de nada terá servido o sacrifício a que a. Nação generosamente se tem prestado!

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Tal como no dia 7 de Fevereiro de 1927, a determinação de alguns apressou o estertor dos inimigos do Regime, é preciso, é urgente, é indispensável, que haja quem vença, sem contestação possível, aqueles que -falsos amigos e correlegionários - constituem o maior óbice à vitória total das nossas gloriosas forças armadas e da nossa política.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Presidente: - Vai passar-se à

O Sr. Presidente: - Continua o debate sobre o aviso prévio acerca do ensino liceal a cargo do Estado.

Tem a palavra a Sr.ª Deputada D. Sinclética Torres.

A Sr.ª D. Sinclétioa Torres: - Sr. Presidente e Srs. Deputados: Esta minha intervenção no debate sobre o ensino liceal oficial é mais um testemunho de que no ultramar, neste caso em Angola, também temos os nossos problemas, como aliás, o afirmou o ilustre Deputado Vaz Pires quando leu o seu aviso prévio.

Angola em certos aspectos faz lembrar aquelas crianças que ainda mal se equilibram e querem correr depressa.

É evidente que as crianças chegam à altura de poderem correr e às vezes até se tornam bons atletas!

Tenho a certeza de que também aquela maravilhosa província portuguesa, generosamente mimoseada com todos os recursos, terá, e talvez muito em breve, o seu momento de caminhar firme e segura.

Todavia, por enquanto, dentro da minha modesta maneira de ver, sou de opinião de que em muitos casos, se quisermos usufruir de bons resultados, seria bom termos sempre presente aquele adágio muito nosso, muito português: «Devagar se vai ao longe.»

Sem dúvida que uma das causas das dificuldades que atravessamos é o desenvolvimento em ritmo acelerado que se tem vindo a notar, ano após ano!

Para dar uma ideia muito sumária desse desenvolvimento, direi que em 1960 a província contava apenas com cinco liceus, que eram:

O Liceu de Diogo Cão, em Sá da Bandeira, inaugurado em 1929;

O Liceu feminino de D. Guiomar de Lencastre, em Luanda, com data de 1954; e finalmente,

Estes cinco liceus oficiais eram frequentados, ao todo, no ano lectivo de 1960-1961, por cerca de 3959 alunos, assistidos por 138 professores.

De estão para cá assiste-se a um verdadeiro renascimento do ensino em toda Angola; mas referir-me-ei apenas ao ensino liceal oficial.

De 1956 a 1960 passámos a ter cinco, ou sejam os três antigos e mais os dois últimos já referidos, que são os de Benguela e Nova Lisboa.

Finalmente, entre 1961 e 1963, no curto espaço de dois anos, assiste-se, nada mais nada menos, do que à inauguração de quatro novos liceus, que vêm a ser:

O Liceu do Almirante Lopes Alves, no Lobito;

O Liceu do Almirante Américo Tomás, em Moçâmedes;

Pelos elementos que pude reunir em breve espaço de tempo, posso afirmar que a frequência de alunos em todos os nove liceus oficiais foi, no ano lectivo de 1965-1966, de cerca de 8841 alunos, assistidos por 291 professores, e distribuídos da seguinte forma: 4331 para o 1.º ciclo; 3202 para o 2.º ciclo, e 1308 para o 3.º ciclo.

Sr. Presidente e Srs. Deputados: É chegado o momento de testemunhar desta tribuna o meu profundo sentimento de gratidão, e nele envolvo de certeza o reconhecimento de todos os pais e educadores que por aquelas terras vivem e trabalham, pelo importantíssimo esforço que o Governo tem feito neste últimos tempos e a esta parte no campo da educação naquela província ultramarina.

Foi tudo muito depressa, há deficiências, mas não podemos negar a obra valiosa.

Agradecendo ao Governo, agradeço a S. Ex.ª o Ministro do Ultramar e à Direcção-Geral do Ensino e Secretaria Provincial de Educação, que se debruçaram sobre estes problemas, dando o melhor do seu esforço e do seu saber. De resto, o principal está feito. As dificuldades, as falhas, são problemas locais que dependem essencialmente de uma orgânica bem delineada e também do factor tempo; pois com a instalação dos Estudos Gerais, havemos de