O que dá, para os dezasseis anos decorridos, uma despesa média anual de 370 contos mas despesas de exploração (serviço de portagem) e 308 contos para a conservação da ponte, ou sejam 678 contos no conjunto.

Em dezasseis anos de exploração os gastos na ponte de Vila Franca de Xira previstos no Decreto-Lei n.° 38622, de 30 de Janeiro de 1952, somaram, portanto, e até 31 de Dezembro de 1967, 10 827 820$00. Diga-se desde já que, quando acabar a portagem, mais de metade dessa verba deixa de ser despendida, pois refere-se a gastos com o pessoal dos serviços de cobrança.

Anos Pagamentos efectuados

Em sete anos os gastos de exploração e conservação somaram, portanto, 19 629 569$90, o que dá a média anual de 2 804 224$42. Ponte da Arrábida e acessos

Anos Pagamentos efectuados

Exploração Conservação

Temos assim uma despesa total de 3 371 852$40 nos quatro anos e meio, o que dá a média anual de 749 167$10, sendo 296 731 $80 para as despesas de exploração e 452 435$30 para as de conservação da obra.

Como o trânsito de veículos é livre e a taxa de utilização se restringe aos elevadores, as despesas de exploração são diminutas.

É curioso verificar que os pagamentos efectuados relativamente à Ponte da Arrábida somaram 3371 contos, quando a verba orçamentada foi apenas de 2800 contos. Como se trata de uma verba global comum às três obras citadas, o excesso da despesa da ponte do Porto vem a ser compensado pelas sobras da ponte de Vila Franca do Xira.

Excluída a Ponte Salazar, que foi objecto de financiamento autónomo através do crédito externo e na qual os encargos de amortização e juros pesam de modo substancial, temos que as despesas de exploração e conservação das três primeiras obras especiais somadas ao longo de dezassete anos representam apenas 33 828 743$20, assim distribuídas:

Ponte de Vila Franca do Xira 10 827 820$90

Auto-estrada do Norte (troço Lisboa-Vila Franca do Xira) 19 620 569$90

Ponte da Arrábida 3 371 352$40

Total 33 828 743$20

Atento o período de tempo considerado e o volume dos investimentos, os encargos registados não excedem de modo sensível os de outras obras similares, essas de utilização gratuita.

Vozes: - Muito bem!

Discriminando a receita anual dos três primeiros empreendimentos, temos:

Anos Ponte do Marechal Carmona Auto-estrada do Norte Ascensores da Ponte da Arrábida Total

Mas tanto a Ponte Salazar como o troço da auto-estrada do Norte até Vila Franca de Xira e a Ponte do Marechal Carmona integram hoje o chamado grande anel rodoviário da região de Lisboa, que estabelece a circulação pelas vias arteriais que irradiam da capital em redor do estuário do Tejo. Para lá da utilidade própria de cada uma delas, exercem uma função independente no conjunto do sistema.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Ora em 1966 foram cobradas receitas de portagem no anel regional de Lisboa que ascenderam a 61 135 428$50 e em 1967 subiram para 112 937 403$20.