A Guiné, com uma população, segundo o censo de 1960 de 544 000 habitantes e uma densidade média de quinze habitantes por quilómetro quadrado apresenta, nu panorama demográfico, algumas rotas singulares:

98 por cento da população ó constituída por autóctones, que se repartem por variados grupos étnicos (Balantas, 20 por cento; Fulas, 20 por conto; Manjacos, 14 por cento; Mandingas, 12,5 por cento; Papéis, 7 por cento; além de outros grupos menores constituídos por Brames, Beafadas, Bijagós, Felupes, Baiotes, Nalus);

Têm-se processado movimentos internos alimentados por uma agricultura itinerante e sobretudo pula extensão das áreas de cultura de arroz;

São relevantes as migrações para o exterior, nomeadamente paru a Gâmbia e o Senegal, comandadas principalmente pela cultura da mancarra e actividades agrícolas sazonais.

A taxa de crescimento demográfico situou-se, na década de 1950-196U, em cerca de 0.7 por cento. Aceite para próximos unos uma taxa anual cumulativa de l por cento, a população da Guiné poderá atingir em 1973 os 620 000 habitantes.

A província poderá não só continuar a absorver alguns excedentes demográficos de Cabo Verde, como necessitará de uma, presença mais efectiva de população metropolitana qualificada que enquadre, e apoie o esforço de promoção das populações rativas.

O moderado ritmo de expansão populacional de S. Tomé. e Príncipe apercebe-se dos seguintes números: 55 000 habitantes em 1921; 60 OUO em 1940; 67 000 em 1965.

Segundo estimativas, atingir-se-ão 78 000 habitantes em 1973.

Constituída por sete grupos com algumas características próprias - Forros, Angolares, Tongas, Cabo-Verdianos, Angolanos, Moçambicanos. Europeus e descendentes -, tal conjunto permite ainda distinguir na população total a população natural e os imigrados. Tomé e Príncipe, que no seu estilo de plantação já constituiu apelo para mais de 40 000 imigrantes, vê agora reduzida a participação da mão-de-obra do exterior a cerca de um terço do total dos assalariados e empregados.

A participação mais acentuada da população natural nu conjunto das actividades económicas permite prever que depois de 1980 a província dispensará o recurso de mão-de-obra do exterior.

Os últimos recenseamentos deram para Angola a seguinte população residente:

A densidade atingiu em 1960 os 3,9 habitantes por quilómetro quadrado.

Valor médio tão diminuto resultara ainda do uma distribuição muito irregular. Se nu Huambo se dava conta de quase 20 habitantes por quilómetro quadrado, em Benguela de mais de 12 e em Luanda de 10.íï, já em Moçâmedes (0,8 habitantes por quilómetro quadrado), no

México (1,3). na Lunda, (1,5) e no Bié-Cuango-Cubango (2.1), a presença humana revelava impressionante rarefacção.

Verifica-se:, aliás, uma tendência para maior concentração populacional na faixa a neste do meridiano 18, especialmente nos planaltos e no Noroeste.

O crescimento natural da população negra, que no decénio de 1951-1960 atingiu a taxa anual média, do 1.4, poderá, a curto prazo, mercê da progressiva melhoria das condições sanitárias e assistenciais, exceder os 2:5.

Quanto à população branca, que no decénio de 1951-1960 evoluiu à taxa anual média de 11.9 por cento, tudo depende da sua principal variável - os saldos migratórios.

Em 1960 o número de brancos naturais de Angula era do 50 000.

Moçambique passou de 3 996 000 habitantes em 1930 para 7 130 000 em 1965.

Deste mudo, a densidade populacional atinge Os 9.1 habitantes por quilómetro quadrado.

Com uma densidade média bem superior à de Angola e dos territórios da África oriental. Moçambique acusa, contudo, a mesma irregularidade na distribuição espacial das gentes. Se a densidade dos distritos de Lourenço Marques, Moçambique o Zambézia atinge, respectivamente, os 30.5, 19.9 3 14.3 habitantes por quilómetros quadrado, já nos distritos de Manica e Sofala, Tete e Niassa não vai além dos 5 e 2,4 habitantes por quilómetro quadrado.

Aceite uma taxa de crescimento anual de l.6 por cento, a população de Moçambique será em 1973 de 8 100 000 almas. Todavia, os afluxos da população alienígena poderão melhorar tal perspectiva.

Eis como nas últimas décadas se processou a sua evolução (em milhares):

População alienígena

O que tudo visto, porá Angola e Moçambique, nos permite desde já adiantar uma conclusão:

A necessidade de acelerar a tão desejada promoção económico-social das populações nativas e os largos espaços abertos à ocupação humana, tudo se conjuga para constituir apelo a um muito maior afluxo de populações alienígenas.

A população dos três distritos do Estado Português da índia deve atingir os 650 000 habitantes, dos quais 20 000 em Diu, 60 000 em Damão e es restantes em Goa.

Com uma densidade média de 150 habitantes por quilómetro quadrado, a Índia Portuguesa tem alimentado, com a sua laboriosa população, as mais variadas paragens, desde as cidades do subcontinente asiático até às antigas colónias da África oriental inglesa.

Enquanto durar a ocupação da índia Portuguesa pelo invasor mais se justificam os esforços no sentido de dirigir as populações emigrantes para outros territórios portugueses, nomeadamente Moçambique.

A análise dos recenseamentos de Macau revela um crescimento rápido e contínuo da população entre 1920 e 1940. Posteriormente, acentua-se uma contracção, sendo

os efectivos apurados para 1960 inferiores aos do fim do primeiro quartel deste século.