João Ubach Chaves.

Joaquim José Nunes de Oliveira.

José Alberto de Carvalho.

José Fernando Nunes Barata.

José Janeiro Neves.

José Manuel da Costa.

José Maria de Castro Salazar.

José Pais Ribeiro.

José Soares da Fonseca.

José Vicente de Abreu.

Júlio Alberto da Costa Evangelista.

Leonardo Augusto Coimbra.

Luís Arriaga de Sá Linhares.

Luís Folhadela Carneiro de Oliveira.

Manuel Colares Pereira.

Manuel João Correia.

Manuel João Cutileiro Ferreira.

Manuel José de Almeida Braamcamp Sobral.

Manuel Marques Teixeira.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

D. Maria Ester Guerne Garcia de Lemos.

Mário Amaro Salgueiro dos Santos Galo.

Mário de Figueiredo.

Miguel Augusto Pinto de Meneses.

Raul Satúrio Pires.

Raul da Silva e Cunha Araújo.

Rui Manuel da Silva Vieira.

Sebastião Alves.

Sebastião Garcia Ramirez.

Sérgio Lecercle Sirvoicar.

Tito Lívio Maria Feijóo.

Virgílio David Pereira e Cruz.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 68 Srs. Deputados.

Está aberta a sessão.

Eram 16 horas e 50 minutos.

Deu-se conta do seguinte

Ofício da Secretária-Geral da Presidência do Conselho informando que o Tribunal de Contas proferiu, em sessão de 9 de Fevereiro corrente, a declaração geral de conformidade sobre a Conta Geral do Estado (metrópole) respeitante ao ano de 1966 e, em sessão de 16 de Fevereiro corrente, a declaração geral de conformidade sobre as contas gerais das províncias ultramarinas relativas ao mesmo ano.

Telegrama do Engenheiro Manuel Veloso, de Lourenço Marques, apoiando a última intervenção do Sr. Deputado Satúrio Pires.

O Sr. Presidente: -Tem a palavra, antes da ordem do dia, o Sr. Deputado Tito Lívio Feijóo.

O Sr. Tito Lívio Feijóo: -Sr. Presidente: Regressei há pouco mais de duas horas de Cabo Verde, aonde me havia deslocado, a convite do Governo da província, a fim de fazer parte da comitiva que acompanhou o. venerando Chefe do Estado na recente visita a cada uma das ilhas do arquipélago.

Tive já o prazer de saber da forma apoteótica como S. Ex.ª foi recebido nesta cidade de regresso da triunfal e já histórica viagem que acabou de realizar e sei que todos os portugueses, quer residentes nos diferentes territórios nacionais espalhados pelo Mundo, quer mesmo no estrangeiro, foram diariamente informados, através da imprensa, da rádio e da televisão, do brilhantismo e do entusiasmo eminentemente patriótico com que decorreu a autêntica peregrinação realizada, primeiramente à Guiné e em seguida às terras de Cabo Verde.

Na antevéspera da partida do ilustre Presidente para a auspiciosa visita tive ocasião de me referir, nesta Assembleia, ao transbordante entusiasmo que se alastrou por todos os recantos do portuguesíssimo arquipélago Cabo-Verdiano quando foi conhecida a notícia da viagem presidencial. E, agora, Sr. Presidente e Srs. Deputados, posso aqui afirmar, depois de ter presenciado de perto toda a ,magnitude da calorosa recepção que em todas as ilhas lhe foi tributada, que o que se viu e se ouviu transcende tudo quanto de grandioso se pudesse imaginar, mesmo para receber o mais alto magistrado da Nação, Almirante Américo de Deus Rodrigues Tomás, que, dias antes do seu glorioso desembarque na centenária cidade da Praia, havia sido eleito, sucessivamente e por aclamação, cidadão honorário de cada um dos treze concelhos da província, tendo em atenção os seus altos méritos e os relevantes serviços prestados à Pátria.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Pedi a palavra, Sr. Presidente, não com a pretensão de melhor descrever tão histórico quão patriótico acontecimento, mas apenas para que o povo de que me honro de ser um dos representantes nesta Câmara pudesse, agora por meu intermédio e deste lugar, manifestar mais uma vez todo o seu reconhecimento ao venerando Chefe do Estado, que, sem olhar a canseiras ou sacrifícios, visitou cada uma das ilhas, afinal pequenos pedaços de Portugal espalhados pelo Atlântico, onde há mais de 500 anos se aloja uma população que os Portugueses criaram sob o signo da cristandade e que, em eloquentes manifestações de acendrado patriotismo, soube, como ninguém, exteriorizar todo o seu sentimento de gratidão pela hora alta que lhe foi proporcionada com a presença de tão insigne visitante.

Em todas as ilhas, milhares e milhares de pessoas, de todas as idades e condições sociais, se deslocaram das suas aldeias, percorrendo, quantas vezes a pé, dezenas de quilómetros, para aclamarem delirantemente, numa euforia indescritível, o supremo magistrado da Nação e expressarem perante a sua augusta pessoa toda a nobreza dos seus sentimentos, imbuídos de tão forte patriotismo que a tudo e a todos resistirão eternamente, de forma a conservar intacto o sagrado culto do amor à Pátria que nos tem permitido manter neste mundo politicamente conturbado a mesma posição que assumimos há mais de meio milénio, de fraternidade entre todos os portugueses, sem distinção de etnias ou de religiões, estejam eles onde estiverem. Conforme tive ocasião de há dias aqui dizer, Sr. Presidente e Srs. Deputados, é este o segredo da vitória dos nossos princípios, a essência da nossa política e a. razão de ser da nossa própria existência como nação independente.

Em todos os lugarejos das diferentes ilhas por onde passou S. Ex.ª o Presidente da República, a alegria incontida da população em apoteóticas manifestações não deixou dúvidas de que o povo de Cabo Verde, com esta autêntica peregrinação nacional agora realizada, viveu um dos momentos de mais alto sentido patriótico da sua