A frequência emigratória média foi, para os Açores, de 14,33 emigrantes por 1000 habitantes.

Por distritos, a frequência média verificada foi de 19,5 no distrito de Ponta Delgada, 10,1 no da Horta e 7,9 no de Angra do Heroísmo.

Frequência emigratória nos Açores.

O distrito que apresenta frequência mais elevada é o de Ponta Delgada, enquanto no decénio 1951-1060 tinha sido o da Horta; a mais baixa frequência continua a registar-se no distrito de Angra do Heroísmo. Em relação àquele período, aumentou a frequência nos distritos de Ponta Delgada e Angra do Heroísmo, mais acentuadamente no primeiro, tendo diminuído ligeiramente no da Horta.

De salientar a elevada frequência registada em 1966 (33 emigrantes por 1000 habitantes), e que no distrito de Ponta Delgada atingiu as maiores proporções (43,8 emigrantes por 1000 habitantes).

O número de emigrantes em família vem sendo superior, ao longo do sexénio em análise, ao número isolado: por cada 100 emigrantes- 68 saíram integrados no agregado familiar.

Sr. Presidente: A taxa média de excedentes de vida nos Açores no período de 1961 a 1966 foi de 17,52, superior à verificada para o conjunto da metrópole, que foi de 12,76.

Devido à emigração, a taxa anual apresenta uma tendência decrescente, tendo baixado de 19,90 em 1960 para 14,83 em 1966.

Taxa de excedentes de vida

A percentagem dos emigrantes em família sobre o número total de emigrantes apresenta tendência crescente, o que é sintoma de que o emigrante açoriano tende a fixar-se no país de destino.

O número de retornados foi insignificante, apenas 228 entre 1960 e 1966, tal como vem acontecendo desde sempre, o que vem confirmar que, por regra, o Açoriano se radica no país para onde emigra.

O mesmo fenómeno se verificou em cada um dos três distritos açorianos, menos acentuadamentc, porém, no da Horta.

As mais elevadas taxas verificaram-se no distrito mais oriental (Ponta Delgada), com a taxa média de 21,22, e as mais baixas no mais ocidental (Horta), com 9.18.

Comparando a emigração com os excedentes de vida, conclui-se que a primeira não chegou a compensar os segundos, vindo a influir, porém, muito acentuadamente na evolução demográfica.