visível do mercado turístico internacional no futuro próximo. É hoje um elemento basilar na construção hoteleira que antes de presente o projecto definitivo se contacte com uma cadeia de hotéis ou outra entidade similar com quem só trata da exploração do futuro hotel e sobre o projecto ela pine quanto aos seus pormenores funcionais e de organização interna. Quer dizer, tende-se cada vez mais para tornar quase simultâneas a construção de edifício hoteleiro com o seu apetrechamento e o contrato ou compromisso prévio para a sua exploração.

O estudo do enquadramento dos hotéis no conjunto urbanístico e social da região onde se localizam tem cada vez maior importância, como o tem a assistência cada vez maior que os serviços dêem às iniciativas hoteleiras, acompanhando o sector privado em ordem a aconselhado e segui-lo desde o anteprojecto até à chegada dos primeiros turistas através das agências de viagens com quem do antemão se contactou.

Todos nós, Sr. Presidente, nos batemos por uma política de tráfego aéreo que cada vez mais facilite e promova a vinda ao nosso país, e a fácil circulação adentro das suas fronteiras, de um número cada vez maior de turistas.

Interessa, todavia, coordenar e orientar o conjunto hoteleiro do País. em ordem a uma ocupação média cada vez maior, à boa rentabilidade de um numero cada vez maior de camas, de forma a por um lado e em épocas de ponta, não ter que dizer-se às agências de viagens no estrangeiro que faltam lugares nos hotéis, enquanto, por outro lado, ameaçam fechar estabelecimentos hoteleiros cuja rentabilidade foi mal estudada.

A publicidade e promoção turísticas, se exigem maiores verbas para es múltiplos aspectos que hoje assumem, devem ser objecto de uma boa coordenação que abranja o sector privado e saliente-se neste sector o esforço que a T. A. P. por si própria tem realizado -, em ordem a uma boa selecção, disciplina e hierarquia na utilização das verbas. E ainda que à periferia da rede de promoção turística se ol serve uma rigorosa imparcialidade e objectividade em relação a todas as zonas de turismo nacional sem que se esboce ou possa supor que se esboce uma concorrência entre estas que seria ridícula por ser no fundo antinacional.

Sr. Presidente: Interessa, mais uma vez, focar a definição do Governo das chamadas «zonas prioritárias» de turismo. A instituição destas não significa que todas as regiões do País deixem de cuidar da sua promoção turística eu que não mereçam ter o seu turismo próprio ou ainda que haja em relação a elas uma posição de secundarismo. Zonas prioritárias seriam aquelas onde a utilização durante um número grande de meses no ano permita, a rentabilidade de uma indústria com características de permanência ou de longas estações. Elas seriam o eixo e a promoção turística do País, centros de localização industrial donde irradiaria o turismo de menor permanência ou de passagem para as outras regiões; representam r cartaz expl orável pela propaganda turística de todo e País. São, por assim dizer, os pioneiros do turismo, como os charters são os pioneiros das carreiras regulares de navegação aérea.

Para valerem como tal e terem a necessária rentabilidade, devem evoluir a ritmo acelerado, embora prudente e cheio de equilíbrio, para corresponderem ao volume de dispêndios com a .promoção turística e serem elementos propulsores da entrada de um volume mínimo de divisas. De outro modo, quase que se não podem considerar zonas de turismo racional. É o caso da Madeira, pioneira do turismo português no plano internacional, conhecida mundialmente antes do o turismo ser indústria. Com a lenta evolução da sua construção hoteleira e as limitações postas ao seu tráfego aéreo turístico, o turismo da Madeira não passa ainda de mero artesanato com as duas mil camas comparadas com as vinte e quatro mil das Canárias.

E passemos agora ao problema do tráfego aéreo turístico.

Não é de minimizar, antes de re conhecer, a importância das regras de reciprocidade que defendam a aviação comercial portuguesa e lhe dêem condições suficientes de rentabilidade e de concorrência em face das outras companhias estrangeiras que exercem o tráfego com o r osso país. Mais uma vez tenho prestado homenagem ao nível da exploração dos serviços da transportadora nacional, à perfeição desses serviços, às condições únicas de segurança que honram o País, à alta positividade da sua exploração dos últimos anos, a qual tem permitido o reequipamento com aviões a jacto e o aumento do seu capital associativo, onde o Estado deve continuar a manter a sua posição inicial. Mas não esqueçamos que é necessário encontrar um justo equilíbrio entre a continuação de uma desejável rentabilidade e a expansão necessária do tráfego aéreo turístico em ritmo acelerado. Quer dizer, se o dilema um dia fosse posto entre uma alta positividade da exploração da transportadora nacional e uma menor positividade dessa, po r virtude de uma liberalização provisória, permitindo que um maior número de turistas pudesse vir ao País e nele circular, vindo mais directamente, em melhores condições de rapidez, de locais onde ainda a aviação portuguesa não chegue, pois bem, incline-se, prudentemente, o dilema no sentido da expansão turística utilizando a aviação estrangeira até que seja possível maior expansão da aviação nacional.

Tem o Estado estimulado a liberalização do tráfego turístico sob a forma de voos charter em série, autorizados com a antecedência e a prontidão requeridas, com a regularidade e no número também desejado, o que favorece a actuação das agências de viagem.

Por outro lado, tem procurado defender a aviação comercial portuguesa, fugindo à concessão de carreiras regulares a entidades estrangeiras fora das condições de reciprocidade para com a transportadora nacional. Esta política, que há tido e necessita de continuar a ter as indispensáveis excepções que o interesse dos voos fretados em série - que tem precárias ligações com os seus escassos mercados turísticos. A óptima localização do aeroporto da ilha da Madeira, em Santa Catarina, e a entrada ao serviço dos Bocing 727, puseram a ilha a cerca de 75 minutos de Lisboa, uma viagem cómoda. Raríssimos