Os rendimentos colectáveis por hectare, por distrito, devem ser teóricos, no sentido de não exprimirem a realidade aproximada.
Eles derivam de números colhidos por avaliações recentes, ou muito antigas nalguns casos, e são naturalmente obscurecidos por factores de natureza diversa.
Mas dão o sentido geral, a tendência e até as condições que prevalecem nos distritos.
Uma das colunas exprime a contribuição predial urbana em relação ao seu total no distrito. No de Lisboa é superior já a 95,7 por cento. Inferior a 50 por cento há Beja, Bragança, Évora. Guarda, Portalegre, Santarém, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu. As cifras exprimem o grau de urbanização directamente ligado à industrialização.
Divisão da contribuição predial
O seu contributo para o total é de cerca de 2/3. Todos os outros distritos têm percentagens que, somadas, são inferiores a 1/2 como se verifica a seguir:
O quadro dá as vicissitudes da urbanização. Mostra que, tirando os dois grandes centros de Lisboa e Porto, as outras cidades ocupam lugares muito subalternos. Até Setúbal, apesar dos concelhos ribeirinhos, Coimbra e Braga ocupam na escala lugares baixos.
Sem poder dar importância desmedida aos números, que muitas vezes dão ideia errada do que se passa, o quadro acima mostra grandes atrasos em matéria urbanística.
Contribuição industrial
Em 1966 o parecer indicou dificuldades em cobrança que parecem ter desaparecido em 1967. Os aumentos foram, respectivamente, de cerca de 12 600 e 53 700 contos, com um índice de 776 em 1967, que pode ser comparado com os de outras contribuições já indicados acima.
A evolução da contribuição industrial desde 1958 foi a seguinte:
Não se pode classificar de grande o aumento nos últimos dez anos. As cifras de 1967 são inferiores ao dobro das de 1958. Ora neste espaço de tempo deram-se alterações profundas no comércio e nas indústrias com progressos em alguns dos seus aspectos.
O fraco desenvolvimento é, em grande parte, devida à influência, de isenções e auxílios de diversa natureza.
Tomando 1956 como base. igual a 100, e trabalhando com o produto em termos constantes (1963) ao custo dos factores, o índice de 1967 é de 178. Em quantitativo o produto aumentou 45 438 000 contos, ou cerca de 78 por cento, desde 1956, o que é pouco menos de 4 milhões de contos por ano.
Para este aumento contribuíram em elevado grau as indústrias. O seu contributo em 1956 arredonda-se em 19 459 000 contos, que subiu para 46 568 000 contos em 1967, um pouco mais do dobro.
A contribuição dos outros sectores consta do quadro seguinte:
Os números do quadro referem-se ao produto em termos constantes (1963) e ao custo dos factores.
Nas indústrias incluem-se as extractivas, as transformadoras, as de construção e as de que e electricidade. Mas as transformadoras ocupam um lugar proeminente e são as mais prometedoras no aspecto de desenvolvimento.