Principais exportações O aumento das exportações em 1967 foi da ordem dos 2 354 000 contos.

Nos aumentos mais pronunciados salientam-se, em milhares de contos:

Pondo de lado as pedras c metais preciosos, que consistem quase na sua totalidade em diamantes de Angola, lapidados na metrópole e exportados depois, as matérias têxteis mostram grande aumento. Nelas se contém algodão importado.

Se forem examinadas em pormenor as secções, verificam-se certas anomalias dignas de registo. A IX contém madeiras, cortiça, etc., e está em decadência, embora se note melhoria no seu valer unitário. Mas a cortiça, que ocupa lugar de relevo, com 1 508 000 contos, tem vindo a decair. O vinho continua a manter a sua posição, à roda de 1 400 000 contos em progresso nos últimos anos. É possível aumentar este valor desde que se façam esforços no sentido de melhorar a qualidade.

A seguir indicam-se as principais exportações:

Estas são as exportações tradicionais. Mas haveria que acrescer outras já com larga projecção e que se têm desenvolvido muito nos últimos anos.

Já se mencionaram algumas, como as massas de tomate (39 989 contos) e sumo concentrado (812 033 contos). Sc for mantido o ritmo, os derivados do tomate caminham para uma das primeiras exportações, altamente valiosa, pois engloba grande percentagem de trabalho. É um exemplo que mostra possibilidades agrícolas, em especial em terrenos regados. A experiência e o saber têm grande influência nesta cultura.

A massa florestal ainda não produziu os resultados esperados, tanto na celulose como nas resinas. Estas últimas podem ter grande influência nas zonas do pinheiro se forem convenientemente aproveitadas. Não se alteraram as características geográficas da distribuição do comércio externo. A Europa continua a ser o grande mercado na importação e na exportação, em especial na primeira.

Em 50 milhões de contos, que é o total do comércio externo, a Europa compartilha em 30 milhões de contos, vindo a seguir o ultramar, com pouco mais de 9 milhões de contos, e a América, com cerca de 6 milhões de contos. Estes números definem grasso modo a origem e o destino do comércio externo.

A seguir dão-se as cifras:

Importação e exportação reunidas

A delicadeza da balança do comércio reside no grande déficit com a Europa, que atingiu uma soma muito alta. Os números são os seguintes:

Na importação, 63,9 por cento pertence à Europa, percentagem ligeiramente agravada em relação a 1962. Houve melhoria nas exportações neste mercado entre 1962 e 1967, respectivamente 48,9 por cento e 55.2 por cento do total. Mas o déficit, como mostram os números, ainda é muito grande e aumentou muito, para 8 319 000 contos.

A Europa pode ser um mercado consumidor valioso se houver produtos adaptados aos seus consumos, e não seria impossível reduzir o grande déficit assinalado nos números.

Quanto à repartição do comércio, as cifras que seguem são explícitas: