Participação de lucros Ainda se nota este ano um aumento, apesar da quebra nalgumas rubricas.

A receita total elevou-se a 312 375 contos, mais 22 030 contos.

Dignas de registo são as participações na Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência (100 021 contos, mais 9970 contos do que em 1967), nos correios, telégrafos e telefones e, finalmente, nas lotarias (158 061 contos, mais 4861 contos). O aumento nos correios, com a receita total de 8554 contos, proveio de atrasos.

A Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência e as lotarias produziram, em conjunto, 258 082 contos, ou cerca de 83 por cento do total das participações em lucros. A descida verificada em 1966 nas receitas deste capítulo foi suprida por um aumento sensível em 1967. Elevaram-se para 233 444 contos, mais 41 852 contos. Deste modo, ultrapassou-se a receita em 1965, que fora a mais elevada atingida na Conta Geral, como se nota a seguir:

Contos

Como se verifica na Conta, houve maiores dividendos e maiores juros das obrigações na posse do Estado. A subida nos dividendos pode considerar-se bastante prometedora, como se verifica adiante:

(a) Estas rubricas foram englobadas em "Juros de obrigações (circular n.º 447 série A).

Não é fácil discriminar as receitas provenientes de todos os títulos. Quanto a obrigações, o quadro seguinte ajuda a compreender o que se passou:

contos

Juros do capital entregue ao Fundo Europeu 718

Juros de antecipação de meios concedidos ao Fundo de Fomento Nacional ..... 20 343

Juros de diversas proveniências ..... 51 921

O que sobressai no aumento são os juros de diversas proveniências, que se não especificam na Conta Geral. A soma dos dividendos recebidos por títulos na carteira do Estado subiu para 115 241 contos, mais 25 756 contos do que em 1966.

Para conhecer a origem da soma dos dividendos compilou-se o quadro publicado a seguir:

As diferenças mais sensíveis são os pagamentos da Sacor e do Banco Nacional Ultramarino. Estes dois organismos explicam o aumento acima indicado.

Vê-se no quadro as comparticipações do Estado por carteiras de títulos de algumas hidroeléctricas, em especial das do Cávado e do Zêzere. Nos reembolsos e reposições houve um aumento de 197 062 contos.

A receita deste capítulo oscila muito. Depende dos reembolsos feitos por uma grande variedade de organismos, alguns dos quais serão enumerados mais adiante. Mas ainda a tornar mais incerta a receita, uma rubrica, a das reposições não abatidas a pagamentos, que, como o seu nome indica, se processa em grande número de pagamentos durante todo o ano.

No quadro seguinte inscrevem-se as receitas distribuídas pelas principais rubricas.