(a) Inclui 48 054 177$90 do salário de pessoal cantoneiro, que, rigorosamente, é pessoal de conservação de estradas.
(b) Inclui também 10089300$ do abono do família.
As duas grandes parcelas suo as da construção e grande reparação, que representaram, em 1967, 62 por cento. Vem a seguir a do pessoal, que inclui, por um pouco menos de metade, o dispêndio com os cantoneiros. Esta verba deveria ser levada à conta de conservação, que por esse motivo aparece com uma despesa mais reduzida.
Incluem-se no quadro as despesas de conservação e exploração das obras com portagens. As receitas destas obras, assim como as despesas, foram as que seguem:
Tanto as receitas como as desposas se referem só à conservação e exploração. Não incluem os encargos de empréstimos contraídos para a sua execução.
É possível fornecer alguns elementos sobre os gastos por distrito, durante o ano de 1967:
Contos
No quadro mencionam-se distritos com quantias superiores a 20 000 contos. Não significam muito, se houver a ideia de estabelecer critérios de distribuição, dada a natureza dos percursos.
Nos serviços centrais gastaram-se 93 717 contos.
Investimentos desde 1946
Em 1938, as suas despesas oordinárias elevaram-se a 100 250 contos. Em 1967, idêntica soma foi do 189 980 contos. A comparação não é justa, porque em despesas extraordinárias se inscreveram verbas num e noutro ano.
No total as despesas foram:
Deve notar-se que em 1933 se incluíam 20 000 contos para melhoramentos rurais c 5000 contos para urbanização. O total seria então 169 000 contos. Por outro lado, há em despesas extraordinárias, em 1967, as verbas de 99 383 contos para viação rural, 8164 contos para melhoramentos rurais e 9889 contos para melhoramentos locais. Todas estas verbas, somadas, aumentariam a dotação de 1967 em cerca de 117 436 contos. Elas correspondem neste ano aos melhoramentos rurais e urbanização de 1938.
Talvez que as duas verbas de 169 000 contos e 464 230 contos possam ou devam ser comparadas. O índice (1938 igual a 100) é um dos mais baixos na escala das despesas públicas.
Ainda no caso de se tomarem as verbas relativas à viação rural e melhoramentos locais e rurais, ao todo 117 436 contos, a base de comparação seria, respectivamente, 144 000 e 581 606 contes, cm 1938 e 1967. O índice seria de 403, o que não altera muito o significado dos números.
Esta análise vem comprovar os comentários feitos nestes pareceres sobre a insuficiência das dotações das estradas. Não se relembra o que se escreveu sobre o mau critério de desviar para obras volumosas (ponte de Vila Franca, auto-estrada, Ponte da Arrábida) verbas orçamentais destinadas a estradas. Este critério ainda reduziu a projecção das cifras nalguns anos.
Uma das razões do lento progresso da economia regional, como se disse acima, provém dos atrasos na rede rodoviária. E estes atrasos também decorrem do desfasamentos nas dotações, como só verificou nos mesmos índices.
Como era de esperar, a construção e a conservação e grande reparação consumiram mais de 99,5 por cento. A cifra avizinha-se do total, incluindo as ilhas adjacentes.