Tem Tabela. A despesa com bibliotecas e arquivos é de 5408 contos. A Biblioteca Nacional e o Arquivo da Torre do Tombo utilizaram 4011 contos, cerca de 74 por cento do total.

Algumas despesas de interesses foram as seguintes:

Contos

Outros 441 5 408

Das dotações pagas os bibliotecas destinam-se 4654 contos a Lisboa, cerca de 80 por cento. Neste aspecto cultural Lisboa absorve uma grande parcela da despesa.

Além das verbas acima mencionadas, há outras incluídas lias despesas das Universidades para bibliotecas, como a de Coimbra (2118 contos), ou bibliotecas nas Faculdades.

A Fundação Calouste Gulbenkian tem em curso um programa interessante de instalações de bibliotecas (Figueira da- Foz. Bragança, e outras localidades) que deve auxiliar muito o progresso cultural de pequenas cidades. Em muitas delas há ainda hoje documentação dispersa, mal cuidada, em risco do só perder nalguns casos, que necessito, de um esforço de catalogação o instalação convenientes.

O Ministério da Educação Nacional poderia auxiliar, com o reforço de verbas, este aspecto da vida cultural, de tão alto interesse.

À data em que se escreve este relatório está em curso a transferência do recheio da velha Biblioteca Nacional para o novo edifício.

O parecer das contas gerais do Estado, teve a iniciativa de recomendar e insistir pela construção do novo edifício, que, parece, satisfaz a todas as condições modernas de acondicionamento e defesa da preciosa colecção existente naquela Biblioteca. Recomenda também que se proceda a um minucioso inquérito sobre outras bibliotecas distritais, com o objectivo de estabelecer um programa, a executar gradualmente, de construções que assegurem a guarda e a consulta de documentos em vias de desaparecer, por deterioração ou de outro modo.

Neste caso, como no de obras de arte, de pintura, de gravura e outras, há constante saída de documentos para o estrangeiro, que conviria evitar.

Museus A despesa com o custeio de museus sobe a 4046 contos. Neste caso, cerca de 74 por cento do total pertencem aos museus de Lisboa, Porto e Coimbra: Arte Antiga. Coches. Arte Contemporânea. Machado de Castro, Conímbriga e Soares dos Reis. Ao todo, 2950 contos.

As dotações dos museus são baixas, cm especial as dos regionais, que são os de Évora. Tomar, Viseu, Lamego. Bragança, Aveiro. Guimarães, Malhoa e Castelo Branco. Em outras despesas incluem-se diversas instituições. O Instituto de Oncologia consome 23 615 contos dos 26 784 contos desta rubrica.

A sua discriminação é como segue:

Contos

Instituto de Hidrologia 146

Instituto do António Aurélio da Custa Ferreira l 291

Total 20 784

A diferença para mais em 1967, de 2407 contos, provém do aumento na. verba do Instituto de Oncologia (mais 2494 contos).

Ensino secundário A despesa com o ensino liceal elevou-se a 155 179 contos, mais 9679

contos do que em 1966.

Este aumento processou-se, na sua quase totalidade, na verba de pessoal (mais 9014 contos). As despesas de material e encargos, cerca de 768l contos, manteve-se em cifra ligeiramente superior à do 1966 (mais 615 contos).

Mas note-se que nestas últimas classes de despesa, a de material e encargos, tem grande relevo a compra de móveis e conservação de móveis.

A seguir indica-se, discriminada, a despesa com o ensino liceal:

Tem Tabela.

O constante aumento da despesa de pessoal deve atribuir-se à frequência cada vez maior nos liceus, que obriga desdobramentos, e à criação de novas classes pela transformação de liceus já existentes.

Em muitos, os edifícios revelaram-se ou revelam-se pequenos para a afluência de alunos Nalguns casos, até em edifícios construídos há pouco, foi preciso construir novas salas, quando o plano primitivo o permitia. Em outros casos os desdobramentos de turmas obrigou a sua instalação em andares ou edifícios alugados.

A impressão que se colhe é a de que no programa de construção de liceus, nas últimas décadas, não se previu