tingências, das quais a emigração clandestina foi, nos últimos anos a mais conhecida.

Sobretudo, os elementos publicados não permitem conjugar o movimento das fronteiras com a emigração e o movimento com o ultramar.

Este último só se conhece na parte em que é efectuado por via marítima, o que deixa na sombra todo o movimento por via aérea, hoje importantíssimo e em crescimento contínuo.

Seguindo a óptica da diferença entre passageiros saídos e entrados, apura-se uma drenagem de cerca de 42 000 pessoas, que determina o saldo líquido, anteriormente indicado, de 64 068.

A propósito, cabe fazer uma referência ao crescimento muito intenso do movimento fronteiriço, devido principalmente aos turistas estrangeiros. Estes, com entradas e saídas da ordem dos 380 000 em 1961, apresentam agora cifras superiores a 2 milhões.

310. Cifras bastante diferentes se colhem nas estatísticas relativas à emigração.

O saldo migratório total atingiu 91 000, continuando a caber à França a .maior parcela.

Em relação a 1966, algumas diferenças podem ser apontadas. A primeira delas está no próprio saldo global, que se mostra inferior ao daquele ano: 91 000 contra 118000. As cifras dos últimos anos, porém, são influenciadas pelo elevado número de legalizações de emigrantes clandestinos, motivo principal dos aumentos consideráveis registados a partir de 1965, corno, aliás, se anotou no parecer do ano passado.

Consideradas as posições dos vários países, a Franca continua a apresentar-se como destino de mais de metade da emigração portuguesa, posição que assumiu a partir de 1963 - apenas no que se refere à emigração oficial, isto é, sem incluir os emigrantes clandestinos.

(a) Englobado em «Outros países».

De 1966 para 1967 o país onde se registou a maior quebra foi a Alemanha Ocidental (2042 contra 9686). Outra redução apreciável deu-se na República da África do Sul.

Com posições mais estáveis pode contar-se a Venezuela, sobretudo quando se considera um prazo mais longo.

Os países da América do Norte continuam a apresentar perspectivas favoráveis: o Canadá, com um crescimento contínuo, desde há vários anos, só agora com uma quebra muito ligeira; os Estados Unidos apresentam uma cifra, embora inferior à de 1966, muito acima das registadas anteriormente a esse ano. Finalmente, algumas observações sobre o movimento migratório com as províncias ultramarinas.

Este movimento, tanto do ponto de vista global como de cada província isoladamente, apresenta aspectos por vezes surpreendentes.

Em 1967, o saldo total do movimento migratório por via marítima limitou-se a 2615 pessoas, contra saldos superiores a 10 000 na maior parte dos anos recentes.

A quebra registada, embora repartindo-se em partes aproximadamente iguais por Angola e Moçambique, assume em relação a esta última província um aspecto mais nítido, porquanto se passou da ordem dos 4 000, que era a cifra mais frequente, para 388.

Uma vez mais, porém, se tem de sublinhar a insuficiência de elementos estatísticos que se limitem ao movimento marítimo, numa época em que o transporte aéreo se desenvolve rapidamente, absorvendo parcelas muito importantes do movimento de passageiros.

Enquanto se dispuser apenas dos elementos actualmente publicados, não é possível avaliar a verdadeira dimensão do movimento populacional, entre a metrópole e o ultramar.