deu-se no crédito interno, por venda de títulos e promissórias. O quantitativo de empréstimos externos diminuiu muito, de 838 613 contos em 1966 para 245 331 contos em 1967.

Nestes últimos - no crédito externo -, a hidráulica agrícola ocupa posição dominante. Neste caso, como se verificou acima, o crédito foi aplicado em empresas metropolitanas e ultramarinas, nas proporções seguintes:

contos

Ultramar 635 980

Estradas na metrópole e outras l 673 674

Na metrópole, com a utilização de empréstimos, há a mencionar variadas aplicações, num total de l 673 674 contos. As principais são as que seguem:

Contos

Plano de Fomento 50 000

Investigação 31 253

Investimentos 455 662

Ao todo foram l 459 673 contos gastos ou investidos na metrópole. Para utilizações no ultramar o saldo é de 852 980 contos, incluindo os 217 000 contos destinados ao Fundo Monetário da Zona do Escudo.

Como se nota, as duas maiores rubricas respeitam a investimentos, a que deveriam juntar-se os 50 000 contos relacionados com o Plano de Fomento e a das comunicações, que compreende a viação rural (99 383 contos) e as estradas, os portos, os aeroportos e a ponte sobre o Tejo em Lisboa (15 556 contos). Nos empréstimos externos, num total de 245 331 contos, há como verbas de maior relevo as da hidráulica agrícola (179 952 contos) e as de investimentos para intensificação racional das explorações agrícolas (50 000 contos). E a seguinte a discriminação das verbas:

Designação Contos Percentagens

Hidráulica agrícola 170 952 73,4

Ponte sobre o Tejo 748 0,3

Investimentos de maior reprodutividade imediata 12 392 5,1

Investimentos para a intensificação racional das explorações agrícolas 50 00020,3

Total 245 331 100

O aumento do crédito interno em 1967 permitiu a redução do crédito externo.

Aplicações que haviam sido financiadas em 1966 por força do crédito externo, como aeroportos, estradas e a ponte sobre o Tejo em Lisboa, foram transferidas para o crédito interno. No crédito externo há as seguintes aplicações:

Designação Contos Percentagens

Hidráulica agrícola 179 952 74,3

Investimentos de maior reprodutividade imediata 12 392 5,1

Investimentos para a intensificação racional das explorações agrícolas 50 000 20,6

Total 242 344 100

Pode dizer-se que quase todo o crédito externo se utilizou em fins agrícolas, hidráulica agrícola (73,4 por cento) e investimentos para a intensificação racional das explorações agrícolas (20,3 por cento).

Este facto dá às aplicações do crédito externo uma delicadeza que é desnecessário salientar. Para terminar a análise do crédito externo, publicam-se os números que seguem:

Designação Contos Percentagem

Fomento rural 242 344 98,8

Total 245 331 100

No fomento rural utilizaram-se quase 99 por cento dos fundos adquiridos por empréstimos externos.

Excessos de receitas ordinárias A grande surpresa da Conta Geral de 1967 foi o grande excesso de receitas ordinárias - 6 818 000 contos, números redondos. Desta soma, utilizaram-se em pagamento de despesas extraordinárias 6 740 253 contos. Em 1966 o volume de excessos de receitas aplicadas arredondou-se em 5 256 876 contos. Houve uma diferença para mais muito grande (cerca de l 483 377 contos).

A título de informação, dá-se a seguir nota da discriminação das despesas extraordinárias pagas por força de excessos de receitas sobre despesas ordinárias:

Contos

Energia 7 000

Melhoramentos rurais 8 164

Investimento de maior produtividade imediata 4 422

Investimentos para a intensificação racional das explorações agrícolas 4 171

Aeroportos 11 501

Casas do povo 80

Estabelecimentos hospitalares 15 000

Reapetrechamento da Fiscal 2 000

Abastecimento de água das populações rurais 29 926

Reapetrechamento de escolas 20 000