Nos dois pareceres de 1965 e 1966 publicou-se o que se designou por uma tentativa de agrupamento das verbas despendidas naqueles anos. E agora a ocasião de lhes adicionar as de 1967, e assim obter uma vista de conjunto.

O quadro é o seguinte:

O quadro mostra que se gastaram ao todo 6 922 588 contos, assim discriminados:

Estas cifras mostram que foram sensivelmente idênticas às parcelas de Investimentos utilizadas em cada ano.

Mas o aumento fica mais bem esclarecido se for analisado o seu destino.

As verbas de maior preponderância foram as das comunicações e dos investimentos.

Não é possível agora examinar em pormenor o que se contém em cada uma dessas rubricas, assim como se torna morosa a análise das restantes: a agricultura, a educação, a saúde e diversos.

Se ha relação entre os planos de fomento e a taxa de crescimento, o estudo do que Se despendeu mostra que algumas das verbas não podiam influir muito na taxa.

A programação com objectivos de crescimento tem de considerar os resultados económicos de cada verba gasta, se o objectivo for económico.

Convém dar uma ideia de conjunto do plano publicando a sua discriminação:

O quadro mostra na última coluna as percentagens de cada rubrica.

As comunicações consumiram mais de 1/3 do total (36,9 por cento). E deve ter-se em conta que se não incluíram os adiantamentos à empresa concessionária dos caminhos de ferro, utilizados através do Fundo de Transportes, que aumentariam de muitas centenas de milhares de contos os 2 554 727 contos gastos através do Plano em Comunicações.

Pesou nesta rubrica a ponte de Lisboa, e as verbas gastas foram indicadas nos respectivos pareceres.

Nos investimentos, uma grande parcela pertence ao ultramar, sem efeito directo na economia metropolitana.

Na agricultura (20,3 por cento), foi principal utilizadora a hidráulica agrícola. Os efeitos só começam agora a sentir-se, em baixa percentagem, por ter sido atrasada a transformação e adaptação dos terrenos regados ou de possível rega. Para terminar esta ligeira análise do Plano Intercalar de Fomento, e tal como se faz em pareceres anteriores, convém discriminar as verbas gastas em 1967:

A Principal alteração relativamente a 1965 e 1966 é o decréscimo na dotação da ponte do Tejo, que havia utilizado cerca de 1/4 do total em 1966. A verba reduziu-se para 4,5 por cento, em 1967, e deve desaparecer no futuro, visto estar concluída a obra. O que se pagou a menos na ponte foi reforçar os investimentos: na agricultura, incluindo a hidráulica agrícola, nos aeroportos e portos e noutras utilizações, quase tudo infra- estruturas, certamente precisas, que só mais tarde terão repercussões.

Mas não se considerou, como necessário, o problema rodoviário.