Joaquim José Nunes de Oliveira.
José Alberto de Carvalho.
José Coelho Jordão.
José Gonçalves de Araújo Novo.
José Henriques Mouta.
José Janeiro Neves.
José Manuel da Gosto.
José de Mira Nunes Mexia.
José Bocha Calhorda.
José dos Santos Bessa.
José Soares da Fonseca.
José Vicente de Abreu.
Júlio Dias das Neves.
Luís Arriaga de Sá Linhares.
Luís Folhadela Carneiro de Oliveira.
Manuel Colares Pereira. Manuel João Correia.
Manuel João Cutileiro Ferreira.
Manuel Lopes de Almeida.
Manuel Marques Teixeira.
Manuel de Sousa Rosal Júnior.
Manuel Tarujo de Almeida.
Martinho Cândido Vaz Pires.
Miguel Augusto Pinto de Meneses.
Paulo Cancella de Abreu.
Rafael Valadão dos Santos.
Raul Satúrio Pires.
Raul da Silva e Cunha Araújo.
Rui Manuel da Silva Vieira.
Sérgio Lecercle Sirvoicar.
Tito Lívio Maria Feijóo.
Virgílio David Pereira e Cruz.
O Sr. Presidente: - Estão presentes 68 Srs. Deputados.
Está aberta a sessão.
Eram 16 horas e 20 minutos.
O Sr. Presidente: - Tem a palavra para um requerimento o Sr. Deputado Águedo de Oliveira.
O Sr. Águedo de Oliveira: - Sr. Presidente: Pedi a palavra para enviar para a Mesa o seguinte
Requerimento
Nos termos constitucionais requeiro que me sejam facultadas informações sobre as medidas tomadas pela Direcção-Geral dos Serviços Pecuários e Junta Nacional dos Produtos Pecuários, na região do Nordeste, transmontano, tendentes a evitar o frequente aviltamento de preços dos animais destinados a abate, nas vendas dos produtores.
O Sr. José Manuel da Costa: - Sr. Presidente: Com a mais profunda emoção todos sentimos hoje, aqui mais perto de nós, na sua casa de trabalho e de sacrifício, a presença tutelar e inspiradora do Presidente Salazar, ao qual estamos todos ligados em espírito, unidos na doutrina e tão apegados na ternura do coração que quase parece ter-se agora afervorado a nossa fé e esclarecido a nossa esperança nos destinos de Portugal, pelos caminhos que ele nos traçou e pelos ensinamentos que todos colhemos da sua vida, da sua obra, da sua personalidade e da sua inteira consagração ao interesse nacional.
Alegra-se a nossa alma, com entranhada amizade, por senti-lo ali, onde tanto trabalhou e sofreu e onde agora regressa a recuperar forças e saúde e a passear os seus olhos por aquele santuário de meditação o por aquelas árvores do seu parlem, que eram sempre uma saudade do seu lar de família e uma recordação da sua Coimbra bem amada.
Vozes: - Muito bem, muito bem!
O Orador: - Tanto me habituei a encontrá-lo ali naquela casa, sempre igual a si mesmo na alegria e nas amarguras, que para mim uma desolação olhar para tudo aquilo e sentir tudo vazio daquela transcendente presença à sombra da qual durante quarenta anos viveu, na paz e na confiança, toda a comunidade, portuguesa.
Vozes: - Muito bem!
O Orador: - Até parece que então nós todos éramos melhores, menos inquietos, menos alvoraçados, não pelo temor da sua censura, mas pelo respeito do seu exemplo, todos, melhores porque a luz do seu pensamento parecia transpor este curto caminho que, vai daqui ali, para a todo o momento esclarecer e elucidar os nossos actos e as nossas palavras, para que uns e outras se encaminhassem sempre na dignidade e na justiça, no interesse dos Portugueses e no bem da Pátria.
Vozes: - Muito bem!
O Orador: - Vinha daquela casa um clarão que iluminava sem estontear, não vinha palavra de ordem, mas sentido de ordem - que é diferente -, não vinha pressão de ideias, mas influxo de serenidade e disciplina e, nunca dali nos chegou um sistema de irritação ou um lampejo de animadversão contra quem quer que fosse.
Voltarão mais empalidecidos agora os fulgores daquele olhar penetrante, às vezes severo, quase sempre afectuoso e acolhedor, nunca indiferente, nem às pessoas, nem às circunstâncias, mas quis a Divina Providência que se não extinguissem nem a sua poderosa acção do presença, nem o seu exemplo de calma, de disciplina, de aceitação e de renúncia, mas no mesmo tempo da energia, do resistência e de vigor moral e físico, como a dar exemplo, até mesmo na adversidade pessoal, a todos quantos não podem deixar entibiar nem a fortaleza de alma, nem a obediência aos princípios, nem a capacidade de servir, acima de tudo e em toda a emergência, o interesse nacional.
Está de novo na sua casa, com as forcas que lhe restam, o Sr. Presidente Salazar, purificado no sacrifício e magoado pela dor que todavia, é sempre- nossa mãe!
Portugal sabe que na fraqueza daquelas forças reside ainda uma das maiores fontes de energia da consciência nacional em todos os tempos da vida histórica da Pátria.
Vozes: - Muito bem!
O Orador: - Saibamos ser em tudo conscientes desta presença, agora no espaço mais próxima de nós, o demos graças a Deus por ter conservado e para que continue conservando, até os limites da Sua vontade, uma vida sempre grande e preciosa, acima de toda a amarga contingência que é o próprio da fragilidade da nossa natureza humana.