rante e o capitão-tenente Sacadura Cabral ao posto de capitão-de-fragata, por proposta do Ministro da Marinha ao Parlamento, que a aprovou por unanimidade.

O almirante Gago Coutinho foi convidado a proferir conferências no Rio de Janeiro, em Paris, em Madrid, em Nova Iorque, nas agremiações mais distintas - Universidades, entre elas a Sorbona, academias e sociedades científicas. Tomou parte em congressos em Portugal e no estrangeiro. Publicou numerosos artigos na imprensa e foram-lhe conferidas as mais altas condecorações portuguesas e estrangeiras. Todas aceitou grata e delicadamente, mas não fazia gala em as exibir.

Alma simples, despretensiosa, isenta de vaidades, mostrava-se todavia intransigente com tudo o que pudesse afectar a dignidade própria e o prestígio de Portugal e da Armada.

Gago Coutinho entrou por direito próprio nas páginas gloriosas da História de Portugal. O nobre e egrégio almirante bem mereceu da Pátria e da humanidade.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Armando Cândido: - Sr. Presidente: Deste, mesmo lugar e já na presente legislatura falei da instante e cada vez mais premente necessidade da adequada construção de um porto de mar na ilha de Santa Maria e creio ter posto nesse meu já tão dilatado empenho a alma das razões que lhe assistem, sem cair no exagero, ou seja, como quem pesa a palavra na balança da verdade.

Hoje volto a apelar para. o Governo, mas agora no sentido de não se perder mais tempo quanto ao completo apetrechamento do aeroporto da Nordela, na ilha de S. Miguel, visto que os trabalhos de construção das pistas, acessos e plataforma de estacionamento não estão longe do seu termo.

Este caso do aeroporto da ilha de S. Miguel também é um velho caso, que conheceu as fases do erro inicial na escolha do chamado Campo de Santa Ana, do estagnamento posterior à improvisação que se lhe seguiu e do engasgue na escolha do novo local até ao período de mãos à obra e de mãos na obra, no começo muito embaraçado por causa de dificuldades inesperadas e depois envolvido em inquietantes demoras, nem sempre justificáveis.

Vozes: - Muito bem!

Vozes: - Muito bem!

is cede ou custa muito a ceder ao definitivo.

Vozes: - Muito bem!

aconselhado número entre o continente e a ilha de S. Miguel.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Por outro lado, recuso-me a admitir que esta ilha, depois de ter esperado tantos anos por um aeroporto capaz, vá agora, depois do desejado aeroporto aberto à navegação aérea de via reduzida, esperar mais alguns anos pela aparelhagem que o habilite à frequência dos aviões da transportadora nacional considerados de médio curso.

Desejo, Sr. Presidente, ser conciso e claro, tanto quanto possível. Mas desejaria alinhar mais duas considerações: urna, que talvez seja um desabafo; outra, que poderá ser tomada como nota aproveitável.

Tive sempre, a propósito das ligações aéreas com a ilha de S. Miguel, uma concepção que jamais se acomodou à ideia de melhoramentos definitivos a executar, para o efeito, no Campo de Santa Ana. Julguei, desde o princípio, o lugar contra-indicado e por mais de uma vez adiantei e sustentei a necessidade de se encontrar novo terreno que pudesse ser devidamente utilizado na construção do aeroporto que satisfizesse as exigências do presente e fosse ainda susceptível de ser aproveitado no futuro, no sentido de poderem ser nele realizadas as obras que as condições de desenvolvimento do tráfego aéreo viessem a impor.

Esta ideia acabou, felizmente, por vingar, mas era escusado levar-se tanto tempo a erguer projectos contra ela, alguns deles, verdade seja, nascidos da aflição em dotar a ilha de S. Miguel com um aeroporto razoável dentro dos condicionalismos existentes.