aqueles, ou seja por lhe abrirem espaço no consumo interno, ou seja por lhe garantirem uma rendosa transformação em aguardente".

Não obstante o exposto, a área vinhateira tem aumentado de 313 000 La em 1902-1907 para 335 000 ha em 1920 e para 345 000 ha, em 1929.

0 ritmo de expansão nos primeiros trinta anos do nosso s6culo foi, porém, inferior ao dos ultimas tanto do Século XIX. Na verdade, calculou-se, para 1873, uma área de 230 000 ha de vinha.

Tem interesse fazer um confronto entre a evolução da área de vinha nas três primeiras décadas do século XX, no continente, e as áreas destinadas a outras culturas, ou, ate, improdutivas.

E esse o objectivo do quadro XV, obtido a partir do estudo de Mário de Azevedo Gomes, Henrique de Barros e Eugénio de Castro Caldas, "Traços Principais da Evolução da Agricultura Portuguesa entre as Duas Guerras Mundiais". Os números em causa devem, pois, ser considerados com reservas, alias, pastes em evidencia não trabalho donde foram tirados.

Em termos de repartição regional as maiores percentagens de produção pertenciam a Estremadura, seguida do Alto Douro, Ribatejo e Minho.

Eis para o período de 1920-1924 a distribuição das quantidades de produção por províncias e respectivas percentagens em relação a produção total (quadro XVI).

A produção por regiões demarcadas na média do período em analise (1920-1924) dava 46 543 000 1 para o Douro, 25 227 000 1 para o Dão e 11 475 000 1 para o vinho verde.

A exportação média anual no mesmo inquérito traduziu-se nestes termos:

Os vinhos ocuparam o primeiro lugar entre as exportações de caracter agrícola e florestal (14 183 contos ouro), bem distanciados das cortiças (21153 contos-ouro), das frutas (975 contos-ouro) e da madeira (592 contos-ouro).

As saídas para o ultramar representaram uma pequena parcela deste volume de vinho exportado (155 130 correpondendo a 689 contos-ouro). De qualquer modo, o vinho, neste período de 1920-1924, representou a principal exportação agrícola da metr6pole para o ultramar, seguida, de longe, pelo azeite (544 t e 111 contos-ouro) e pelas madeiras em obra (69 contos-ouro). O período do pós-1ª Grande guerra foi caracterizado, no plano internacional, por uma intensa actividade, que culminou na orientação do Office international du Vin (0. I. V.).

Em Julho de 1923 reuniram-se em Paris representantes das cinco maiores potências produtoras de vinho: Espanha, França, Grécia, Itália e Portugal.