Fonte: Instituto do Vinho do Porto, cadernos mensais de estatística e de informação.

Será ainda oportuno referir uma ou outra nota relativamente a alguns países importadores:

França

Antes da 2.a Grande Guerra a Franca era já um apreciável importador de vinho do Porto. Assim, na média dos anos de 1936-1939, importou 104 333 hl. Depois do grande conflito mundial as importações reduziram-se a 26 003 hl, na média de 1946-1955. A recuperação, entretanto processada, foi notável para se atingirem, em 1970, os 139 578 hl. Só em 1932, com 16,5 milhões de litros, as importações francesas ultrapassaram as de 1970.

As exportações de 1970, segundo o tipo de embalagens, tiveram a seguinte distribuição: 48,3 por cento em contentores; 44,9 por cento em cascos; 6,8 por cento em garrafas..

Os preços médios obtidos neste ano pana o mercado francês foram inferiores aos preços médios gerais:

De assinalar, contudo, o preço mais elevado do vinho engarrafado (+ 3$92 que a média geral correspondente de 1970).

Existe um ambiente favorável à maior expansão do consumo do vinho do Porto em França. Considere-se, para lá dos condicionalismos económicos, a circunstância de presentemente trabalharem em frança mais de meio milhão de portugueses e o afluxo de turistas franceses a Portugal, onde se familiarizam com os nossos vinhos.

Nas nótulas históricas deste parecer evidenciou-se a íntima ligação entre o vinho do Porto e o mercado britânico, através dos tempos.

No período anterior à 2.a Grande Guerra o Reino Unido ainda comprava grandes quantidades de vinho do Porto (207 316 hl na média dos anos de 1936 a 1939). A quebra que se verificou com o grande conflito (85 684 hl na média de 1946-1955) ainda se mantém. E embora a recuperação de 1970, relativamente ao ano anterior, se tenha traduzido num aumento de 12,1 por cento, em nada se alterou a posição relativamente modesta deste antigo e outrora dominante mercado.

«Sem se Ter a pretensão de voltar às épocas em que a Grã-Bretanha era por excelência do vinho do Porto; há que reconhecer terem sido praticamente infrutíferos os esforços realizados, designadamente no campo da publicidade, para reactivar o consumo do produto, o que não deixa de se registar com a preocupação que o facto comporta.» 97

Os tipos de embalagem utilizados em 1970 para o mercado inglês deram escoamento as seguintes quantidades: 3 718 396 l em contentores (55,2 por cento do total); 2 882 559 l em cascos (42,8 por cento); 133 715 l em garrafas (2 por cento).

O preço médio do vinho engarrafado (40$90 por litro) foi bastante superior ao preço médio geral do vinho exportado em garrafas (+ 13$17). O mesmo aconteceu, embora com menor expressão, relativamente ao vinho exportado em contentores (15$76 o litro, ou seja + $85) e em cascos (16$18 o litro, ou seja + $23).

O mercado alemão antes da 2.a Grande Guerra ocupava uma posição mais modesta do que a actual, quanto ao consumo do vinho do Porto.

Na média do quadriénio de 1936-1939 as exportações limitaram-se a 13 277 hl. Finda a guerra, as exportações conheceram maior quebra para logo aumentarem, atingido, no decénio de 1956-1965, um valor médio de 18 876 hl. Em 1966, porém, com uma exportação de 34 591 hl atingiu-se o record máximo. O ano de 1967 voltou a acusar grande diminuição, mas, de novo, 1970 revela sensível recuperação, como 31 802 hl, ou seja mais 22,9 por cento do que no ano anterior.

Apesar dos acréscimos na exportação do vinho do Porto para a Holanda (10 733 hl na média dos anos de 1936-1939; 24 723 hl em 1970), o Xerez continua a ser