Defesa do ambiente Os importantes problemas da protecção da Natureza e da preservarão do ambiente foram objecto de particular atenção no IV Plano de Fomento. E bem se compreende que assim tenha acontecido conforme no Plano se salienta a medida que o processo de desenvolvimento económico se acelera ganham relevo as preocupações com a degradação do ambiente induzidas por ampla sensibilização da opinião publica a problemas que afectam a vida quotidiana de vastos sectores da população, em especial os adstritos aos centros urbanos e industriais.

Em consonância com um bem orientado esforço de desenvolvimento regional atento as implicações espaciais do desenvolvimento económico e portanto a necessidade de um correcto ordenamento do território, impõe-se, cada vez mais proteger as populações das disfunções ambientais concebendo estruturas urbanas bem servidas de espaços verdes livres de ruídos excessivos e de uma atmosfera contaminada, promovendo a gestão racional dos recursos hídricos, incluindo a orla marítima, de forma a preserva-los contra a poluição crescente evitando a degradação das paisagens rurais, através da criação de áreas reservadas e de práticas agrícolas adequadas a manutenção da fertilidade e conservação dos solos.

Para que estes objectivos sejam atingidos ha que desencadear uma acção pluridisciplinar, coordenada e orientada para um objectivo comum que e precisamente o de introduzir a qualidade de vida como parâmetro do processo de desenvolvimento. E não há duvida de que a melhoria das condições de vida depende em larga medida da valorização e preservação do ambiente natural. Neste quadro de preocupações, a luta contra a poluição e um dos aspectos a que, naturalmente, a opinião publica e mais sensível quer se trate da poluição atmosférica e sonora, quer da poluição das aguas interiores e dos mares, nomeadamente na orla costeira.

A poluição do ar surge, quase exclusivamente, nas grandes aglomerações urbanas, por força designadamente, da actividade industrial e da circulação de veículos automóveis. Também se pode manifestar, todavia, na vizinhança de determinados complexos industriais situados fora dos grandes centros.

O incómodo causado pelos ruídos é um aspecto que, em certas situações assume grande importância. Não obstante o seu caracter por vezes aleatório e ocasional origina perturbações graves no ambiente das grandes cidades, afectando as condições de trabalho e de repouso de populações cada vez mais numerosas.

A luta contra a poluição das águas interiores - física, química ou térmica - assume também aspecto prioritário. É indispensável desenvolver actuações vigorosas neste domínio, através da definição de uma política global de gestão dos recursos aquíferos cada vez mais raros e de utilização mais diversificada, daí a necessidade de os proteger, racionalizando a sua