gamento. Todavia, a posição relativa do crédito entre os (factores monetários não acusou variação significativa entre 1962 e 1964.

Por outro lado, da comparação do volume médio de meios de pagamento internos em circulação com os valores do produto nacional bruto ressalta a tendência para uma menor velocidade-rendimento do dinheiro, o que traduz a reduzida amplitude dos efeitos reprodutivos do crédito distribuído pelo sistema bancário nos últimos anos. Esta evolução tomou aconselhável a intervenção no sentido de corrigir os critérios de selecção na mobilização do potencial prestamista do sistema, por meio de providências tendentes a condicionar, quantitativa e qualitativamente, a criação de moeda escriturai pelos bancos comerciais e a utilização reprodutiva das suas responsabilidades à vista ou a muito curto prazo.

A evolução dos meios de pagamento e dos seus componentes pode apreciar-se no mapa que segue.

Meios de pagamento

(Milham do contos) Durante o 1.º semestre do ano em curso a expansão dos meios de pagamento imediatos e quase imediatos processou-se a taxa ligeiramente inferior ao período homólogo de 1964. Esta evolução foi determinada exclusivamente pela quebra sofrida pelas disponibilidades à vista, uma vez que a moeda legal e os depósitos a prazo se elevaram a cadência mais intensa.

Prosseguiu assim a acentuada expansão dos depósitos a prazo, que teria resultado, aliás, também da transformação de depósitos à ordem em depósitos a muito curto prazo. Por outro lado, o acréscimo de 5,3 por cento na moeda legal em circulação foi determinado fundamentalmente pela contracção observada no dinheiro em cofre nas instituições de crédito, como é habitual na primeira parte do ano.

Para a quebra da taxa de elevação dos meios de pagamento durante o período considerado concorreu decisivamente o comportamento das relações económicas externas, que teria determinado contracção das disponibilidades totais em our o e divisas.

Deste modo, acentuou-se a importância do crédito bancário como factor de expansão dos meios de pagamento, elevando-se ligeiramente a sua posição relativa entre os factores monetários. O crédito distribuído pelo sistema bancário (excluindo o Banco de Fomento Nacional), através de desconto e de empréstimos diversos, tem vindo a acusar expansão a ritmo crescente no último triénio. De facto, após um aumento de 5,6 por cento em 1962, determinado pela melhoria da liquidez na banca comercial, de que resulto sensível elevação do crédito por esta concedido e diminuição do recurso ao redesconto no Banco de Portugal, o montante do crédito distribuído acusou em 1963 e 1964 acréscimo de 13,7 e 15,4 por cento, respectivamente. Como em 1962, para esta evolução contribuiu de ânodo decisivo a formação de vultosos excedentes na balança de pagamentos da zona do escudo, com a sua repercussão na elevação das disponibilidades de caixa. Aliás, a considerável expansão do crédito bancário deve ainda atribuir-se à atonia verificada no mercado de capitais, que determinou a transferência de operações específicas deste mercado para o mercado monetário.

Relativamente á Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência, depois de apreciável expansão em 1961, a reflectir a (acção desenvolvida com o objectivo de contrariar as pressões a que esteve sujeito o mercado monetário, o crédito distribuído por esta instituição elevou-se nos dois anos imediatos a taxa mais reduzida, em consequência da adopção de medidas selectivas na concessão dos empréstimos. Em 1964, porém, observou-se sensível recuperação.

Variação do crédito bancário

(Milhares de contos) A expansão do crédito concedido pelo conjunto do sistema bancário (de que se exclui o Banco de Fomento Nacional) processou-se durante os seis primeiros meses de 1965 a taxa de 4,8 por cento, superior a registada no período homólogo do ano anterior.

Naquela expansão voltou a assumir papel preponderante o acréscimo do crédito concedido pela banca comercial, em especial através dos operações de desconto. Observou-se também no mesmo período inversão da tendência revelada no ano precedente para contracção do crédito concedido pelo banco emissor.