e técnica deveria, pois, canalizar-se não só no sentido do fomento das exportações de bens alimentares, como também para o objectivo de apoiar a organização de planos eficazes de melhoramento da produtividade agrícola.

Estreita cooperação deverá ainda ser mantida quanto ao aspecto populacional do problema, já que as explosões demográficas na generalidade dos países subdesenvolvidos constituem sério obstáculo à obtenção de níveis alimentares satisfatórios.

Neste contexto, cumpre referir, pela sua dimensão e relevância, a recente política de ajuda alimentar anunciada nos Estados Unidos. Por um lado, pretende-se aumentar a produção de aumentos destinados a programas de auxílio, e, por outro, adoptou-se um plano, designado por Food for Freedom, destinado a substituir a legislação que deixa de vigorar em fins de 1966. O novo regime não exige o requisito da existência de excedentes, o que o torna mais regular e adequado às necessidades dos países carecidos de ajuda, em co ntrapartida, exige que o país beneficiário demonstre o desenvolvimento de esforços no sentido de uma progressiva auto-sustentação. Cabe ainda fazer referência a recente reunião conjunta do F M I. e do B I R D , em que se examinaram atentamente os problemas da expansão económica mundial, do desenvolvimento das trocas, do auxílio aos países em via de desenvolvimento e das actuais condições do mercado financeiro internacional. Sob este conjunto de aspectos, foi frutuoso o confronto de posições e as atitudes podem considerar-se coincidentes. Quanto à reforma do sistema monetário internacional, subsistem ainda profundas divergências, não obstante os progressos realizados e a aproximação de pontos de vista. É de esperar, no entanto, que, por sucessivas transigências e como resultado dos estudos em curso, se encontre uma solução satisfatória na reunião do próximo ano.

Foram também especialmente analisadas as autuações das exportações dos países de produção primária, que continuam a constituir sério obstáculo ao seu desenvolvimento económico. Por isso, reveste-se da maior importância a decisão, anunc iada pelo Fundo, de ajustar os acordos de financiamento compensatório, de molde a aperfeiçoar estes instrumentos de estabilização e, portanto, de expansão económica equilibrada Evolução da conjuntura no continente e ilhas adjacentes

1 - Produção e procura O produto nacional bruto, ao custo dos factores, cresceu no decurso da execução do II Plano de Fomento à taxa média anual de 6,1 por cento, como se conclui das estimativas revistas das contas nacionais (1).

Este resultado, mais favorável do que o previsto relativamente à aceleração da cadência de expansão do produto nacional, foi influenciado decisivamente pela recuperação observada a partir de 1962, após relativo afrouxamento no ano anterior.

Em 1965, primeiro ano da execução do Plano Intercalar de Fomento, o crescimento do produto nacional bruto, em termos reais, processou-se a taxa de 7 por cento, idêntica à verificada em 1964 e sensivelmente superior ao valor médio para os países industrializados da Europa Ocidental. Foi assim excedida de modo significativo a previsão formulada para o acréscimo do produto durante o período de execução do Flano (6,1 por cento).

Esta evolução foi determinada pelo prosseguimento da lápida expansão da actividade industrial, acompanhada do incremento da generalidade das actividades do sector terciário e de recuperação na produção agro-pecuária. Continuou assim a realização de um dos objectivos específicos dos planos de fomento - a aceleração do ritmo de acréscimo do produto nacional.

De acordo com estimativas provisórias, é de esperar que o produto nacional continue em 1966 o seu movimento de expansão, mas a taxa inferior à do ano transacto, devido ao comportamento desfavorável da produção do sector primário. Todavia, na maioria dos restantes sectores, o produto formado deve revelar expressiva elevação, nomeadamente nas indústrias transformadoras, electricidade e ainda na actividade comercial.

A evolução da formação e da aplicação do produto nacional no ultimo triénio consta do quadro que a seguir se pública.

(Em milhões de contos, a preços de 1963)