Apesar do acréscimo sensível da circulação de notas e moedas (quase 1000 milhões de escudos), a maior parte daquela expansão verificou-se nos depósitos à ordem, que aumentaram 7260 milhões, seguindo-se os depósitos a prazo com pouco menos de 2820 milhões. Observando a decomposição dos meios de pagamento por fontes de emissão, nota-se que ao aumento de 2532 milhões de escudos na emissão monetária do banco central se contrapôs um outro de 8388 milhões na "moeda escritural" criada pelas restantes instituições de crédito; consequentemente, a representação desta "moeda escritural" elevou-se de 59,1 por cento em 1063 para 61,4 por cento em 1964.

Para a referida evolução do stock monetário, a reserva de ouro e divisas, repercutindo os resultados favoráveis da balança de pagamentos internacionais, concorreu com cerca de 2700 milhões de escudos, mas foi ainda o crédito bancário, cujo aumento excedeu os 7280 milhões de escudos, o principal factor expansionista, justificando a elevação da posição relativa da "moeda escritural", e influenciando o acréscimo dos depósitos à ordem e a prazo.

Meios de pagamento e seus factores

(Milhões da escudos)

Meios de pagamento

Por classes:

Meios imediatos de pagamento ....

Circulação monetária ....

Moeda metálica ....

Depósitos à ordem ....

Bancos comerciais ....

Caixas económicas (a) ....

Meios quase imediatos de pagamento ....

Depósitos a prazo ....

Bancos comerciais ....

Caixas económicas (a) ....

Total dos meios de pagamento ....

Casa da Moeda ....

Outras instituições de crédito ....

Total ....

Por categorias de detentores:

Fundo Monetário da Zona do Escudo ....

Restantes ....

Total ....

Factores monetários

Estado -c/entregas ao F. M. I. ....

Promissórias de fomento nacional ....

Crédito bancário ....

Total ....

(a) Inclui a Caixa Coral do Depósitos Crédito o Providencia.

(b) Contai do reserva o do compensação no Banco de Portugal.

Notas: 1) Sobre a determinação dos valores que constam deste quadro, vejam-se as notas insertas a p. 44 do Relatório do Banco de Portugal, 2.º volume, da gerência de 1964. 2) Valores calculados sobro elementos das Estatísticas Financeiras o do Boletim Mensal do Instituto Nacional de Estatística.